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Scientific Society Journal
ISSN: 2595-8402
Journal DOI: 10.61411/rsc31879
REVISTA SOCIEDADE CIENTÍFICA, VOLUME 7, NÚMERO 1, ANO 2024
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ARTIGO ORIGINAL
Análise de perda do princípio ativo no processo de manipulação de cápsulas de Nimesulida
Guilherme Garcia Rafael1; Paulo de Tarso Fernandes Ramos Rego2
Como Citar:
RAFAEL; Guilherme Garcia,REGO; Paulo de Tarso Fernandes Ramos. Análise de perda do princípio ativo no processo de manipulação de cápsulas de Nimesulida. Revista Sociedade Científica, vol.7, n. 1, p.631-650, 2024.
https://doi.org/10.61411/rsc202415517
Área do conhecimento: Ciências Naturais
Sub-área: Química
Palavras-chaves: Nimesulida, HPLC, espectrofotometria.
Publicado: 05 de fevereiro de 2024
Resumo
Este trabalho apresenta um estudo sobre a quantificação e verificação de perdas do princípio ativo no processo de manipulação de cápsulas de nimesulida, para isso foram utilizadas duas metodologias analíticas previstas na farmacopeia brasileira, a cromatografia líquida de alta eficiência e a espectrofotometria. Inicialmente foram obtidas três amostras de 100 mg do medicamento manipulado de farmácias diferentes, e então para poder quantificar o ativo na amostra foi utilizado o método de calibração externa com seis soluções padrões de diferentes concentrações. Todas as amostras analisadas apresentaram uma perda do princípio ativo, e duas se mostraram abaixo do teor mínimo permitido de 95% do teor do rótulo, indicando a necessidade de desenvolver técnicas para aprimorar o procedimento de manipulação e evitar essa perda que pode prejudicar o tratamento do paciente
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1. Introdução
No ano de 2021 o mercado farmacêutico brasileiro movimentou cerca de U$ 14,92 bilhões, apresentando um crescimento de cerca de 14% em relação ao ano anterior e ocupando o 8º lugar no ranking do mercado mundial. O Brasil é o líder do mercado farmacêutico na américa latina e representa cerca de 2% do mercado mundial. Graças ao aumento de vendas dos medicamentos genéricos, cerca de 80% das indústrias farmacêuticas no Brasil são de origem nacional, e a maior parte se localiza no estado de São Paulo [1]. Segundo a Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais [2] o mercado magistral no Brasil vem crescendo muito nos últimos anos, com um crescimento de mais de 15% no número de farmácias de manipulação de 2016 a 2021, e apesar de a região sudeste concentrar a maior parte, a região com maior crescimento foi a região norte com cerca de 70,4%.
Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 67/07 [3] que dispõe sobre boas práticas de manipulação, cada farmácia deve ter um procedimento operacional padrão (POP) para diferentes formas farmacêuticas, ficando à cargo das farmácias elaborar os mesmos, entretanto a falta de padronização pode acarretar algumas perdas de matéria-prima durante esses processos. Um exemplo disso está na maneira de pesar os ativos, algumas farmácias utilizam por exemplo copos descartáveis, sacos plásticos, papel manteiga, recipiente de silicone, dentre outros. Contudo, quando o seu conteúdo é colocado no tabuleiro para ser encapsulado uma parte do produto pode ficar aderida as paredes do recipiente resultando em uma pequena perda, esse mesmo composto pode sofrer novas perdas no processo de encapsulação, que sem o devido cuidado o manipulador pode deixar uma parte do pó cair pelas cavidades vazias do tabuleiro.
O controle de qualidade exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) às farmácias magistrais não garante que ao final do processo de manipulação a dosagem informada no rótulo esteja correta, mesmo que o peso médio e o desvio padrão podem garantir uma boa distribuição do peso nas cápsulas, as perdas da matéria-prima durante a pesagem e a encapsulação, além de uma má homogeneização do pó podem acarretar uma dosagem diferente da solicitada pelo cliente, podendo prejudicar o tratamento do mesmo.
Desse modo, este trabalho tem o objetivo de verificar se há, durante o processo de manipulação de cápsulas de nimesulida, perda do princípio ativo, tendo em vista que não existe um procedimento padronizado pela ANVISA para pesagem, homogeneização, trituração, tamisação e encapsulação de medicamentos.
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2 Referencial teórico
2.1 Nimesulida
2.1.1 Propriedades físico-químicas
A nimesulida (N-(4-Nitro-2-fenoxifenil)metanossulfonamida) é um fármaco anti-inflamatório não-esteroide (AINE) com efeito anti-inflamatório, antipirético e analgésico. Possui fórmula química C13H12N2O5S e massa molar de 308,31 g/mol, e ela se apresenta como um pó amarelo-pálido, cristalino polimorfo, levemente untuoso ao tato e não higroscópico, praticamente insolúvel em água e soluções ácidas, além de muito solúvel em acetonitrila e solúvel em soluções de hidróxidos alcalinos [4].
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2.1.2 Farmacodinâmica
A nimesulida é um medicamento que possui um mecanismo de ação único que envolve vários mecanismos. A nimesulida é um inibidor seletivo da enzima da síntese de prostaglandina, a ciclo-oxigenase, a qual preferencialmente inibe a enzima COX-2, que é liberada durante a inflamação, e mínima atividade inibidora sobre a COX-1, que atua na manutenção da mucosa gástrica [5].
A nimesulida exerce sua atividade através de inúmeros mecanismos como: inibição da produção de radicais livres de oxigênio, diminuição da atividade da via mieloperoxidase que forma o ácido hipocloroso, proteção da α1-anti-tripsina resultante da oxidação mediada pelos neutrófilos, diminuição da ação das citocinas, inibição da liberação de histamina dos mastócitos e dos basófilos, e bem como na diminuição da síntese de IL-6 e urocinase, enquanto aumenta a produção de inibidor da ativação do plasminogênio 1 [6].
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2.1.3 Farmacocinética
A nimesulida é bem absorvida quando administrada via oral. Após uma dose de 100 mg um pico de concentração plasmática máxima de 3 a 4 mg/L é obtido em cerca de 2 horas [6]. A nimesulida é metabolizada pelo fígado e seu principal metabólito, a hidróxinimesulida, também é farmacologicamente ativa. Seu tempo de meia vida está entre 2,89 e 8,71 horas em adultos. Sua eliminação é feita principalmente pela urina, cerca de 50% da dose administrada, e entre 1 e 3% é excretado como composto inalterado, cerca de 29% da dose é excretada nas fezes após o metabolismo, e entre 6,3 e 8,7% é eliminado intacto pelas fezes [5].
2.1.4 Hepatotoxidade
A automedicação compreende o uso de medicamentos sem prescrição, orientação e acompanhamento médico. Logo um grande problema que o setor médico e farmacêutico enfrenta nos últimos anos é o uso indiscriminado de anti-inflamatórios sem prescrição médica. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 50% dos consumidores fazem o uso incorreto dos medicamentos, sendo que a nimesulida aparece como um dos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) mais consumidos no Brasil. Ainda segundo a OMS a nimesulida pode induzir diversas reações adversas hepáticas graves quando comparada com outros AINEs causando preocupação aos profissionais de saúde [8].
O uso indiscriminado da nimesulida pode causar lesão hepatocelular ou colestática, devido ao acúmulo do fármaco na região hepatobiliar. Ademais ela reduz o potencial de ação da membrana mitocondrial promovendo estresse oxidativo mitocondrial que por sua vez pode causar a morte das células hepáticas. Em diversos países foram relatados casos severos de hepatotoxicidade associada ao uso de nimesulida, o que resultou a sua retirada do mercado por diversos países como Reino Unido, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Japão, entre outros, e embora seja amplamente comercializada, não foram encontrados relatos de casos de lesão hepatobiliar documentados no Brasil [9].
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2.2 Papel da ciclo-oxigenase e da prostaglandina na inflamação
As prostaglandinas são compostos lipídicos com ação semelhante à de hormônios. Quando há alguma lesão ou inflamação no corpo ocorre a produção das prostaglandinas pelas células a partir do ácido araquidônico, que é um ácido graxo essencial. As ciclo-oxigenases são enzimas que participam da síntese da prostaglandina, e se dividem em COX-1 e COX-2. A COX-1 está presente em diversos tecidos e está minimamente ligada a produção de prostaglandina, acredita-se também que está relacionada a manutenção da homeostase do organismo, enquanto que a COX-2 se encontra presente nos locais de inflamação, e possui papel na mediação central da dor e da febre [10], segundo Mendes et al [11], a COX-2 seria a principal enzima envolvida na produção da prostaglandina, e sua inibição seletiva apresentaria efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos sem prejudicar o aparelho gastrintestinal como os anti-inflamatórios tradicionais.
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2.3 Importância da farmácia magistral
De acordo com o Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF-BA) [12] a farmácia magistral “é o estabelecimento farmacêutico responsável pela manipulação de medicamentos de forma individualizada mediante fórmulas prescritas, que garante o atendimento de acordo com a necessidade de cada paciente”. As drogarias basicamente vendem medicamentos industrializados em sua embalagem original, enquanto as farmácias de manipulação vendem medicamentos personalizados para atender a necessidade individual de cada paciente.
O fato da farmácia magistral poder personalizar o tratamento mediante a necessidade do paciente, pode trazer mais conforto e contribuir de forma mais eficaz para o tratamento do mesmo, como por exemplo um paciente que está fazendo o uso de diversos medicamentos diferentes que, ao invés de tomar vários comprimidos industrializados, um com cada princípio ativo diferente, em uma farmácia de manipulação é possível colocar um número maior de medicamentos em uma única cápsula trazendo mais conforto ao paciente na hora de tomar sua medicação, além da possibilidade de ser manipulado em formas farmacêuticas diferentes, como as soluções orais que podem facilitar a ingestão do medicamentos para crianças e idosos, podendo também personalizar a dose administrada, evitando assim a partição de comprimidos que se feito de forma incorreta pode ocasionar perda de uma certa quantidade do medicamento e se partido de forma desigual o paciente pode não estar tomando uma dose correta do medicamento, tendo em vista que cada parte está em tamanhos diferentes.
2.4 Controle de qualidade das preparações magistrais sólidas
A RDC Nº 67/07 da ANVISA [3] que dispõe sobre boas práticas de manipulação estipula os ensaios que devem ser feitos para avaliar a qualidade das matérias-primas e do produto acabado, os resultados de toda análise devem ser registrados e arquivados por pelo menos 2 anos. A farmácia deve ter procedimentos operacionais escritos e estar devidamente equipada para analisar todos os lotes de matérias-primas. Os ensaios para análise das matérias-primas exigidos pela ANVISA são: características organolépticas, solubilidade, peso, pH, volume, ponto de fusão, densidade e análise do laudo técnico do fornecedor. Os ensaios das preparações sólidas acabadas envolvem descrição, aspecto, características organolépticas e peso médio. A farmácia deve também realizar análises de teor e uniformidade de no mínimo uma fórmula a cada três meses que contenham quantidade igual ou inferior a 25 mg, priorizando fórmulas que contenham 5 mg ou menos, sendo que as amostras devem ser analisadas em laboratório próprio ou terceirizado.
Embora nenhum dos itens exigidos no controle de qualidade garante que a dosagem da fórmula esteja correta no fim do processo, a análise do peso médio garante a uniformidade do pó no interior das cápsulas, porém não fica claro se houve perda do princípio ativo em alguma etapa do processo, e a análise de apenas uma fórmula a cada três meses não garante que todas as fórmulas manipuladas estejam com a dosagem condizente com o rótulo.
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2.5 Procedimento operacional padrão de manipulação
O POP descrito a seguir, foi obtido de uma farmácia de manipulação do interior de São Paulo e é um resumo do procedimento de manipulação de fórmulas farmacêuticas alopáticas em cápsulas gelatinosas, que abrange a pesagem, encapsulação e controle de qualidade do produto acabado.
Conferir se as informações do rótulo, ficha de pesagem e receita estão corretos (nome, número da receita, nome do médico e CRM, data de validade, princípio ativo, concentração, posologia e quantidade de cápsula);
Refazer os cálculos pertinentes à fórmula;
Pegar as matérias-primas do estoque ativo e partir para a pesagem, adicionando ao saco plástico sempre o item de menor concentração para o de maior concentração;
Adicionar o excipiente de acordo com os itens da fórmula e homogeneizar, se for necessário fazer a trituração e tamisação da fórmula;
Assinar a ficha de pesagem e anotar as informações sobre tamanho, cor de cápsula, quantidade de excipiente e qual foi utilizado;
Fechar o saco plástico, prender junto à ficha de pesagem e entregar ao manipulador responsável pela encapsulação;
O manipulador deve conferir novamente as informações do rótulo, ficha de pesagem e receita;
Selecionar a bandeja, as réguas e as cápsulas de acordo com a ficha de pesagem e montar o tabuleiro;
Adicionar as cápsulas no tabuleiro e destampar;
Acrescentar o pó e utilizar uma espátula para distribui-lo nas cápsulas e ir batendo o tabuleiro para assentar o pó, utilizar o socador apenas em último caso;
Certificar-se de que todas as cápsulas estejam bem niveladas;
Selecionar 10 cápsulas aleatoriamente, fechar e partir para o peso médio;
O relatório contendo peso médio, desvio padrão e massa de cada cápsula pesada deve ser anexado junto à ficha de pesagem, o valor do desvio padrão deve ser menor que 2%;
Se o desvio padrão estiver correto, fechar as demais cápsulas e retirar o excesso de pó com a sontara;
Colocar as cápsulas no pote PET branco leitoso e rotular, o tamanho do pote vai variar de acordo com o tamanho e a quantidade de cápsulas, não lacrar o pote;
Assinar a ficha de pesagem e anotar se for necessário fazer algum tipo de alteração da cor e/ou tamanho da cápsula, se for o caso, colar a etiqueta “A cor da cápsula não altera a sua eficácia” ao lado do rótulo;
Colar etiquetas “Manter ao abrigo do calor e da luz” e “Conferir o rótulo com a receita”;
Prender a fórmula com a ficha de pesagem utilizando um elástico e entregar ao responsável pela dispensação.
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3 Metodologia
3.1 Materiais, reagentes e equipamentos
Acetonitrila;
Agitador magnético;
Água Milli-Q®;
Balança analítica;
Balão volumétrico de 100 ml;
Coluna de 150 mm de comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente ligada ao grupo octadecilsilano;
Cromatógrafo provido de detector ultravioleta a 220nm;
Cubetas de vidro com caminho óptico de 1 cm;
Espectrofotômetro sensível na região visível do espectro;
Filtro de papel;
Hidróxido de sódio 0,01 M;
Nimesulida 100%;
Pipeta;
Proveta.
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3.2 Coleta, conservação e preparo das amostras
As amostras utilizadas para a análise foram obtidas de três farmácias de manipulação diferentes, da cidade de Mogi Guaçu - SP, todas dentro do seu prazo de validade e com a mesma dosagem, sendo ela 100 mg por cápsula.
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3.2.1 Preparo das amostras para análise espectrofotométrica
Foram abertas e pesadas 20 cápsulas de nimesulida, e de seu conteúdo foi transferido o equivalente a 0,1 g de nimesulida para um béquer e adicionado 60 ml de hidróxido de sódio a 0,01 mol • l-1. A solução foi mantida em agitação por 40 minutos e depois foi filtrada e transferida para um balão volumétrico de 100 ml. Seu volume foi completado com o solvente, e a solução foi diluída a fim de se obter uma solução de concentração 20 µg • ml-1.
Para construir a curva de calibração, foram preparadas seis soluções padrões de diferentes concentrações a partir de uma solução de nimesulida a 1 mg • ml-1.
3.2.2 Preparo das amostras para análise por HPLC
Assim como o preparo da amostra para análise espectrofotométrica, também foram abertas e pesadas 20 cápsulas de nimesulida, e de seu conteúdo foi transferido o equivalente a 0,1 g de nimesulida para um béquer e adicionado 60 ml da fase móvel, a solução foi mantida em agitação por 40 minutos e depois foi filtrada e transferida para um balão volumétrico de 100 ml, e seu volume completado com a fase móvel, a solução foi diluída a fim de se obter uma concentração de 20 µg • ml-1.
Para o preparo da fase móvel foi feita uma solução de água Milli-Q® e acetonitrila na proporção de 50:50.
Então para construir a curva de calibração, também foram preparadas outras seis soluções padrões de diferentes concentrações a partir de uma solução de nimesulida a 1 mg • ml-1.
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3.3 Método
As amostras foram analisadas nos laboratórios da FHO, utilizando duas metodologias padrão da farmacopeia brasileira 6ª edição. Uma empregando a técnica analítica quantitativa por espectrofotometria e outra por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (do inglês, HPLC).
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3.3.1 Análise espectrofotométrica
Utilizando a solução de hidróxido de sódio 0,01 mol • l-1 para ajuste do zero, os padrões e amostras foram analisados em um comprimento de onda de 392 nm para medir as absorbâncias. Foi construída uma curva analítica por calibração externa, e as concentrações das amostras foram determinadas através da equação de regressão linear Y=a*X+b, onde Y é a absorbância e X é a concentração.
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3.3.2 Análise por HPLC
O fluxo da fase móvel foi ajustado em 0,7 ml • min-1, os padrões e amostras foram injetados no cromatógrafo e as áreas sob os picos medidas. Foi construída uma curva analítica por calibração externa, e as concentrações das amostras foram determinadas através da equação de regressão linear Y=a*X+b, onde Y é a área do pico e X é a concentração.
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4. Resultados e discussões
4.1 Resultados da análise por espectrofotometria
Para determinar as concentrações das amostras, foi criada uma curva analítica de calibração externa com soluções de nimesulida de concentrações conhecidas, que foram analisadas no espectrofotômetro medindo as absorbâncias conforme a Tabela 1.
Tabela 1 - Concentrações e absorbâncias da curva de calibração da análise espectrofotométrica
Concentração (µg • ml-1) | Absorbância |
30,0 | 1,355 |
25,0 | 1,185 |
22,5 | 1,001 |
20,0 | 0,902 |
17,5 | 0,822 |
15,0 | 0,707 |
Após plotar a curva (Figura 1), foi feita a regressão linear obtendo a fórmula Y= 0,04412*X+0,0394.
Figura 1 - Gráfico análise espectrofotométrica dos padrões Absorbância X concentração
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Ao substituir Y pelo valor da absorbância medido pode-se encontrar a concentração X, e a partir dessa concentração multiplicamos o valor obtido pelo fator de diluição para conseguimos determinar a concentração por cápsula conforme Tabela 2, onde se obteve um erro médio de – 9,61%.
Tabela 2 – Resultados obtidos na análise espectrofotométrica
Amostra | Absorbância | Concentração (µg • ml-1)
| Concentração (mg • cápsula-1) | Erro relativo (%) |
1 | 0,854 | 18,463 | 92,316 | -7,684 |
2 | 0,889 | 19,257 | 96,285 | -3,715 |
3 | 0,768 | 16,514 | 82,57 | -17,432 |
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4.2 Resultados da análise por HPLC
Para determinar as concentrações das amostras, foi criada uma curva analítica de calibração externa com soluções de nimesulida de concentrações conhecidas, que foram analisadas no cromatógrafo medindo as áreas dos picos conforme a Tabela 3.
Tabela 3 - Concentrações e áreas da curva de calibração da análise cromatográfica
Concentração (µg • ml-1) | Área do pico |
30,0 | 3454,580 |
25,0 | 2966,897 |
22,5 | 2660,233 |
20,0 | 2321,230 |
17,5 | 2094,116 |
15,0 | 1722,944 |
Após plotar a curva (Figura 2), foi feita a regressão linear obtendo a fórmula Y= 115,2973*X + 285583.
Figura 2 - Gráfico análise cromatográfica dos padrões Área do pico X concentração
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Após a analisar as amostras os valores das áreas sob o pico foram obtidos através dos cromatogramas, figuras 3, 4 e 5. Ao substituir Y pelo valor da área podemos encontrar a concentração X, e a partir dessa concentração multiplicamos o valor obtido pelo fator de diluição para conseguirmos determinar a concentração por cápsula conforme Tabela 4, onde se obteve um erro relativo médio de – 9,026%.