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ISSN: 2595-8402

Journal DOI: 10.61411/rsc31879

REVISTA SOCIEDADE CIENTÍFICA, VOLUME 7, NÚMERO 1, ANO 2024
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ARTIGO ORIGINAL

Avaliação do uso de bioestimulante em tambaquis (Colossoma macropomum) com crescimento tardio

Jânderson Rocha Garcez1; Gabriel Felipe Duarte dos Santos2; Magno dos Santos3; Guilherme Martinez Freire4; Felipe José Mesch5; Márcio Antônio Lourenço Mota6; Nícolas Andretti de Souza Neves7; Cindy Naila Alves Holanda8; Rosimery Menezes Frisso9; Vonin da Silva e Silva10; Janaína Roque Gomes11; Luna Mejia Pimentel12; Maria da Conceição Viana da Costa13; Samily Vitória de Souza Zangama14; Vitória Cristine Rodrigues dos Santos 15

 

Como Citar:

GARCEZ, Jânderson Rocha; DOS SANTOS, Gabriel Felipe Duarte; DOS SANTOS, Magno et al. Avaliação do uso de bioestimulante em tambaquis (Colossoma macropomum) com crescimento tardio.Revista Sociedade Científica, vol.7, n. 1, p.3465-3484, 2024.

https://doi.org/10.61411/rsc202469517

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DOI: 10.61411/rsc202469517

 

Área do conhecimento: Ciências Agrárias.

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Sub-área: Recursos pesqueiros e zootecnia.

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Palavras-chaves: ​​ Desempenho zootécnico; ​​ Higidez; Nutrição; Piscicultura.

Publicado: 12 de agosto de 2024.

Resumo

O tambaqui é a principal espécie nativa da piscicultura brasileira. Este estudo teve como objetivo avaliar os parâmetros produtivos e saúde com o uso de um bioestimulante na suplementação dietética do tambaqui. Um total de 90 tambaquis (329,83 ± 0,77 g) foram alojados em nove viveiros escavados com 20 m2, na densidade de 0,5 peixe m-2. Esses animais apresentavam crescimento tardio em função de manejo nutricional inadequado. Os tratamentos experimentais consistiram em ração comercial (32% de proteína bruta) suplementada com um bioestimulante, avaliados em dois regimes: fornecimento durante sete dias mês-1 e quatorze dias mês-1. Um tratamento controle, sem suplementação, também foi incluído. Todos os tratamentos foram realizados com três repetições. Os tambaquis foram alimentados ad libitum três vezes ao dia, durante 60 dias. Ao final do experimento, realizou-se uma biometria para avaliação do desempenho zootécnico. Após cinco dias da biometria final, três peixes de cada unidade experimental foram anestesiados e submetidos à coleta de sangue por meio de punção caudal. Fez-se a contagem de eritrócitos, leucócitos, trombócitos e medição de glicose. Em seguida, os animais foram insensibilizados e eviscerados para obtenção do peso das vísceras e fígado. Após evisceração, cada tambaqui foi descabeçado, escamado e cortadas as nadadeiras para obtenção do rendimento do peso do tronco limpo. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de médias de Tukey (p<0,05). Os tambaquis alimentados com rações suplementadas com bioestimulante durante sete dias mês-1 apresentaram maiores índices de peso médio final, comprimento padrão, ganho de peso, ganho de peso diário, taxa de crescimento específico e rendimento de corpo limpo (p<0,05). Tambaquis alimentados com rações durante sete dias mês-1 e quatorze dias mês-1 baixaram os níveis de glicose e aumentaram o número de hemácias (p<0,05). Nesse sentido, recomendamos uma suplementação dietética com o bioestimulante durante sete dias mês-1 para tambaquis com retardo no crescimento.

    • ..

1.Introdução

Dentre as espécies nativas produzidas pela piscicultura brasileira, o tambaqui (Colossoma macropomum) lidera o mercado nacional com uma produção anual em torno de 45 mil toneladas [1]. Essa espécie apresenta grande importância regional e demanda crescente nos mercados nortistas do Brasil [2, 3]. Este fato está ligado diretamente às características de produção dessa espécie como: boa adaptação ao cativeiro, boa aceitação no mercado, fácil aquisição de alevinos, hábito alimentar onívoro, bom crescimento, boa conversão alimentar e rusticidade [4, 5, 6, 7]. Contudo, apesar de grande potencial zootécnico, ainda são necessárias mais informações sobre suas necessidades nutricionais e manejo alimentar [8, 9].

A carência em conhecimentos técnicos sobre nutrição e a falta de domínio de boas práticas de manejo alimentar dificulta a produção em larga escala de peixes nativos [10, 11]. Além disso, o manejo inadequado na densidade estocada, falta de monitoramento da qualidade da água e ausência de assistência técnica tem ocasionado retardo no crescimento de tambaquis em diversas propriedades [12]. Assim, a expansão da piscicultura está diretamente ligada à nutrição, especialmente quando se utiliza alimentos balanceados e de qualidade, associado ao manejo técnico de produção, resultando o aumento de produtividade e consequentemente rentabilidade, reduzindo os impactos ambientais [13].

Em geral, quando os animais apresentam alguma deficiência nutricional e/ou estão com retardo no crescimento, é comum produtores de aves, suínos, ovinos e bovinos busquem por uma suplementação nutricional com vitaminas e aminoácidos por meio de bioestimulantes, também conhecidos como multivitamínicos solúveis. Com isso, o crescimento é compensado e restaura a saúde do animal no geral [14, 15], porém não há relatos da influência dessa suplementação em peixes [16; 17].

Esses suplementos contêm vitaminas e aminoácidos hidrossolúveis em concentrações adequadas para o correto funcionamento da fisiologia orgânica do animal. As vitaminas do “Promotor L®” são encontradas na forma solubilizada, assim como os L-aminoácidos, que são quase totalmente livres, o que confere ao produto uma biodisponibilidade segura ao organismo. Ao mesmo tempo, proporciona grande facilidade de assimilação e efeitos rápidos, sendo considerado um “bioestimulante completo” [18, 19].

As vitaminas auxiliam no crescimento somático, reprodução e atuam como antioxidantes e cofatores enzimáticos de rotas metabólicas [20]. Já os aminoácidos são essenciais para o desenvolvimento cerebral, celular e ósseo, possuindo, ainda, uma atividade positiva na construção e no fortalecimento de tecidos musculares, manutenção das atividades corpóreas e do sistema imunológico [21]. A inclusão desses micronutrientes em dietas de peixes é necessária, principalmente, em sistemas intensivos de produção, onde o peixe é completamente dependente do alimento ofertado [22].

Nesse caso, os bioestimulantes agem quando os animais estão em desequilíbrios e deficiências nutricionais. Também evitam que o estresse animal seja determinante para o ataque de patógenos. Atuam sobre o estado de convalescença dos animais debilitados e com baixo desempenho produtivo. Nos animais, isso é impulsionado por sua ação antioxidante e sua inclusão na alimentação dos animais relaciona-se a melhoras no crescimento, conversão alimentar, taxa de eficiência proteica, eficiência alimentar, resposta imune não específica, sobrevivência e eficiência reprodutiva. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do uso do bioestimulante Promocalier L47® nos parâmetros produtivos e na saúde de tambaquis com atraso no crescimento.

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2.Material e Métodos

2.1 Animais, estrutura e delineamento experimental

O experimento foi realizado no Setor de Unidades Educacionais de Produção do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFAM Campus Tabatinga (4°13'49.14"S e 69°54'50.44"O). Os animais selecionados para o experimento estavam a com oito meses de idade, criados em um viveiro de terra medindo 200 m2 e apresentavam retardo no crescimento em função de manejo nutricional inadequado, alta densidade (2,5 peixes m2) e baixa qualidade da água (2,5 ± 1 mg L-1 Oxigênio dissolvido). Desses animais, um total de 90 tambaquis (329,83 ± 0,77 g) foram realojados em nove viveiros escavados com 20 m2. Cada viveiro com 10 peixes, em densidade de 0,5 peixe m-2 foi considerado como uma unidade experimental. O experimento teve duração de 60 dias, realizado entre os meses de fevereiro e abril de 2024. Os peixes foram mantidos sob condições de temperatura e fotoperíodo natural e, os viveiros foram abastecidos com água proveniente de poço artesiano, apenas para compensar as perdas por infiltração e evaporação.

Os tratamentos testados foram distribuídos em um delineamento experimental casualizado (DIC), com três tratamentos e três réplicas. Um tratamento (T1/0) foi composto pela alimentação dos tambaquis somente com ração comercial e sem suplementação. Um segundo tratamento (T2/7) foi composto pela ração suplementada com vitaminas e aminoácidos durante sete dias mês-1. O terceiro tratamento (T3/14) foi composto pela ração suplementada com vitaminas e aminoácidos durante 14 dias mês-1.

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2.2 Preparo das rações e manejo alimentar

A composição da ração comercial utilizada durante o experimento era de 320 g kg-1 de proteína bruta, 60 g kg-1 de matéria fibrosa e 46 g kg-1 de extrato etéreo, com pellets de 4-6 mm, indicada para peixes onívoros (MultiPeixe Multifós®). O preparo da dieta experimental foi por aspersão do suplemento Promocalier L47.0® na proporção de 4 ml kg-1 de ração, e secas durante 24 h em temperatura ambiente. Os tambaquis foram alimentados em regime ad libitum para evitar lixiviação das vitaminas, oferecidas três vezes ao dia (8, 11 e 16 horas).

Tabela 1 - Composição e nível de garantia do suplemento animal Promocalier L47.0®.

Composição Promocalier L47.0® por litro

Vitamina A

10.000.000 U.I.

Cistina

2,1 g

Vitamina D

2.000.000 U.I.

Fenilalanina

5,5 g

Menadiona (K)

500 mg

Ácido Glutámico

21,5 g

Nicotinamida

16,25 g

Glicina

9,5 g

D-Pantenol

7,50 g

Histidina

4,7 g

Tiamina HCl (B1)

1,75 g

Isoleucina

6 g

Riboflavina (B2)

2,50 g

Leucina

12,6 g

Piridoxina HCl (B6)

1,125 g

Lisina

9,5 g

Vitamina B12

1,25 mg

Metionina

2,2 g

Pang. sódico (B15)

0,5 mg

Prolina

9,5 g

Biotina

1000 mcg

Serina

7 g

Inositol

2,5 g

Treonina

5 g

Alanina

11,5

Triptófano

2 g

Arginina

6,1 g

Tirosina

5,3 g

Ácido Aspártico

9,5 g

Valina

6,2 g

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2.3 Monitoramento dos parâmetros físicos e químicos da água

Foram coletados os dados da concentração de oxigênio dissolvido e temperatura da água utilizando Oxímetro digital YSI® ProDO. Os dados de condutividade elétrica, do potencial de hidrogênio (pH) e de sólidos totais foram coletados utilizando multiparâmetro digital JQ-006®. Também foram mensurados a amônia total (NH3), o nitrito (NO2-) e a dureza total (CaCo3) utilizando kits colorimétricos Labcon Test®. A transparência foi medida utilizando o disco de Secchi (Alfakit®). Esse monitoramento foi realizado semanalmente, sempre as 8 horas da manhã [23, 24].

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2.4Desempenho zootécnico

Foi realizada uma biometria inicial e outra no final do experimento com medições de comprimento e peso utilizando um ictiômetro e uma balança digital (Welmix®, precisão de 1 g). A partir dos dados obtidos, foram calculados os parâmetros: peso médio, comprimento padrão médio, ganho de peso, ganho de peso diário, conversão alimentar aparente, taxa de crescimento específico, fator de condição relativo e sobrevivência [23; 25].

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2.5 Coleta e análise do sangue

Após cinco dias da biometria final, três peixes (em jejum) de cada unidade experimental foram selecionados aleatoriamente e anestesiadas com 30 mg L-1 de eugenol [26]. Em seguida, foram submetidos à coleta de sangue por meio de punção da veia caudal [27], utilizando seringas de 1 ml e agulha 0,45 x 13,00 mm. Uma alíquota de 0,5 ml do sangue fresco foi destinada a contagem de eritrócitos, leucócitos, trombócitos e análise de glicose utilizando kit ClucoQuick G30a®.

A contagem de eritrócitos foi realizada em Câmara Hematimétrica de Neubauer, com o sangue diluído em proporção 1:200 em solução salina a 0,65%. Foram preparadas extensões sanguíneas para mensuração do leucograma e trombograma. As extensões sanguíneas, foram coradas utilizando panótico rápido (Laborclin®) e secas a 25º C. Após a coloração, foram realizadas capturas de imagens das extensões coradas em uma câmera (Xiaomi 12 50 MP®) acoplada a um microscópio (Nikon Eclipse E200®), na objetiva de 100x com óleo de imersão. As capturas de imagem foram analisadas no software ImageJ 1.48v®. De cada animal, foram contabilizadas pelo menos 1.000 células, e posteriormente, determinada a contagem diferencial de leucócitos. As células avaliadas foram identificadas e contabilizadas como: linfócitos, monócitos, neutrófilos, basófilos, eosinófilos, granulocítica especial, leucócitos imaturos e trombócitos [27].

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2.6 Coleta dos órgãos e rendimento de cortes

Após a coleta de sangue, os animais foram insensibilizados por percussão perfurante [28], seguido pela pesagem para obtenção do peso corporal total. Os peixes foram dissecados para obtenção do peso das vísceras e fígado. Após evisceração, cada tambaqui foi descabeçado, escamado e cortado as nadadeiras para obtenção do rendimento do peso do tronco limpo (PTL). Além disso, foi realizada medições do comprimento (CTL), altura (ATL) e largura do tronco limpo (LTL) utilizando um paquímetro digital (precisão 0,1 cm) [29].

Para obtenção dos rendimentos foram realizados os cortes e coletados os seguintes dados: peso do filé (PF), peso das costelas (PCOS), peso da pele limpa (PPL) e peso da cabeça (PCAB) [30]. Todas as pesagens foram realizadas em uma balança semianalítica (Katashi®, precisão de 0,001 g). O processamento dos peixes, desde a evisceração, filetagem, retirada da pele foi realizado manualmente pelo mesmo operador, a fim de reduzir a variabilidade dos dados [31].

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2.7 Análise estatística

Os resultados foram expressos como média ± erro padrão. Os dados com valores em porcentagem foram transformados em arco seno √(x/100). Os pressupostos de normalidade e homogeneidade foram verificados pelos testes de Shapiro-Wilk e Levene. Os dados foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e ao teste de médias de Tukey para comparações múltiplas. Todas as análises estatísticas foram realizadas considerando a significância de 5%. O processamento e análise de dados foram realizados pelo software Statistica 7.1® (Statsoft Inc., Tulsa, OK, USA, 2007).

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3.Resultados

A suplementação com bioestimulante contendo vitaminas e aminoácidos aumentou o peso final, comprimento padrão, ganho de peso, ganho de peso diário e a taxa de crescimento específico (p<0,05) no tratamento em que os peixes foram alimentados durante sete dias mês-1 (T1/7). Além disso, melhorou (p<0,05) a conversão alimentar dos tambaquis (Tabela 2).

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Tabela 2 - Desempenho zootécnico de tambaquis alimentados com dieta suplementada com bioestimulante.

Parâmetros

T1/0

T2/7

T3/14

p-valor

PMF (g)

563,93 ± 29,77b

679,60 ± 12,17a

613,17 ± 29,71ab

0,0477

CP (cm)

26,13 ± 0,35b

27,58 ± 0,14a

25,73 ± 0,15b

0,0034

GP (kg)

2,31 ± 0,27b

3,49 ± 0,13a

2,84 ±0,30ab

0,0397

GPD (g dia-1)

3,91 ± 0,46b

5,92 ± 0,23a

4,81 ± 0,51ab

0,0397

CAA

2,44 ± 0,24b

1,56 ± 0,05a

1,89 ± 0,21b

0,0381

TCE (% dia-1)

0,9 ± 0,06b

1,22 ±0,04a

1,05 ± 0,06ab

0,0449

Kn (%)

3,15 ±0,05b

3,23 ±0,02b

3,60 ±0,21a

0,0341

Sob (%)

100,00 ± 0,00

100,00 ± 0,00

100,00 ± 0,00

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Os valores são expressos como média ± erro padrão. PMF: Peso médio final: CP: comprimento padrão; GP: Ganho de peso; GPD: Ganho de peso diário; CAA: conversão alimentar aparente; TCE: Taxa de crescimento específico; Kn: Fator de condição; Sob: Sobrevivência. Letras diferentes na mesma linha indicam diferenças nas médias devido aos tratamentos, de acordo com o teste de comparações múltiplas de Tukey (p < 0,05).

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Os tambaquis alimentados com rações suplementadas com bioestimluante durante sete dias mês-1 (T2/7) apresentaram melhor rendimento de tronco limpo (p<0,05). Por outro lado, os peixes apresentaram menor rendimento de cabeça e pele (p<0,05). Não houve diferenças nos demais cortes avaliados (p>0,05) (Tabela 3).

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Tabela 3 - Rendimento dos cortes e vísceras de tambaquis para os três tratamentos realizados.

Parâmetros

T1/0

T2/7

T3/14

p-valor

CTL (cm)

21,33 ± 0,76

22,40 ± 0,37

21,67 ± 0,68

0,6905

ATL (cm)

12,27 ± 0,63

13,27 ± 0,05

13,00 ± 0,88

0,5783

LTL (cm)

3,60 ± 0,33

3,97 ± 0,15

3,47 ± 0,24

0,4089

PTL (%)

67,90 ± 0,11b

70,84 ± 0,43a

69,50 ± 0,94ab

0,0472

PF (%)

24,56 ± 0,73

24,56 ± 0,64

25,12 ± 0,29

0,3259

PCost (%)

22,76 ± 0,11

22,77 ± 0,41

22,55 ± 0,85

0,9079

PCab (%)

17,83 ± 0,35a

16,15 ±0,19b

17,35 ±0,16ab

0,0214

Visc (%)

7,63 ±0,54b

9,41 ±0,30a

8,99 ±0,63a

0,0162

Fíg (%)

2,31 ±0,26

3,05 ±0,26

2,96 ±0,12

0,2719

PPL (%)

6,86 ± 0,28a

6,41 ± 0,49ab

5,63 ± 0,22b

0,0113

Os valores são expressos como média ± erro padrão. CTL: comprimento do tronco limpo; ATL: altura do tronco limpo; LTL: Largura do tronco limpo; PTL: Rendimento de tronco limpo; PF: Rendimento do filé; Pcost: Rendimento de costela; Pcab: Rendimento de cabeça; Visc: Vísceras; Fíg: Fígado; PPL: Peso da pele limpa. Letras diferentes na mesma linha indicam diferenças nas médias devido aos tratamentos, de acordo com o teste de comparações múltiplas de Tukey (p < 0,05).

 

Os tambaquis alimentados com rações suplementadas com bioestimluante durante sete dias mês-1 (T2/7) e quatorze dias mês-1 (T3/14) apresentaram diminuição da glicose e aumento do número de eritrócitos (p<0,05). Não houve diferenças nos demais parâmetros sanguíneos (p>0,05) (Tabela 4).

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Tabela 4 - Parâmetros sanguíneos de tambaquis para os três tratamentos realizados.

Parâmetros

T1/0

T2/7

T3/14

p-valor

Glic (mg dl-1)

109,60 ± 13,08b

91,80 ± 5,93a

94,40 ±4,54a

0,0074

Eri (x106 µl-1)

1,12 ± 0,10b

1,89 ± 0,30a

1,85 ± 0,23a

0,0204

Leuc (x103 µl-1)

55,99 ± 9,46

58,57 ± 16,31

56,53 ± 11,51

0,9887

Linf (x103 µl-1)

39,97 ± 8,53

41,64 ± 10,62

41,23 ± 9,99

0,9917

Mono (x103 µl-1)

3,23 ± 1,35

2,70 ± 1,68

2,34 ± 1,31

0,9110

Neut (x103 µl-1)

10,77 ± 2,63

10,68 ± 4,85

10,59 ± 2,80

0,9994

Baso (x103 µl-1)

0,91 ± 0,60

0,95 ± 0,54

0,44 ± 0,22

0,8361

Eosi (x103 µl-1)

0,55 ± 0,34

1,09 ± 0,67

0,79 ± 049

0,7637

CGE (x103 µl-1)

0,06 ± 0,01

0,05 ± 0,01

0,05 ± 0,01

0,9264

CI (x103 µl-1)

0,56 ± 0,35

1,41 ± 1,00

1,07 ± 0,71

0,7212

Tromb (x103 µl-1)

26,74 ± 5,35

29,05 ± 7,23

26,70 ± 4,34

0,9477

Os valores são expressos como média ± erro padrão. Glic: Glicose; Eri: Eritrócitos; Leuc: Leucócitos totais; Linf: Linfócitos; Mono: Monócitos; Neut: Neutrófilos; Baso: Basófilos; Eosi: Eosinófilos; CGE: Célula granulocítica especial. CI: Leucócitos imaturos; Tromb: Trombócitos. Letras diferentes na mesma linha indicam diferenças nas médias devido aos tratamentos, de acordo com o teste T de Student (p < 0,05).

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Por fim, as alimentações oferecidas aos tambaquis não influenciaram (p>0,05) nas variáveis físicas e químicas da água durante o experimento (Tabela 5).

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Tabela 5 - Variáveis físico-química da água dos viveiros experimentais com tambaquis para os três tratamentos realizados.

Parâmetros

T1/0

T2/7

T3/14

p-valor

Temp (˚C)

30,11 ± 0,10

30,52 ± 0,10

30,26 ± 0,09

0,0950

pH

6,88 ± 0,13

7,22 ± 0,09

6,91 ± 0,04

0,0732

OD (mg L-1)

5,20 ± 0,10

5,77 ± 0,09

5,44 ± 0,04

0,5322

Transp (cm)

30,95 ± 3,17

38,62 ± 5,40

36,67 ± 2,78

0,4169

DH (mg L-1 CaCO3)

55,56 ± 5,56

61,11 ± 5,56

72,22 ± 5,56

0,1780

Amônia (mg L-1)

0,06 ± 0,03

0,03 ± 0,03

0,08 ± 0,08

0,7702

Nitrito (mg L-1)

0,00 ± 0,00

0,00 ± 0,00

0,00 ± 0,00

-----

CE (μS cm-1)

67,11 ± 3,49

78,11 ± 1,72

72,33 ± 5,93

0,2433

TDS (mg L-1)

41,67 ± 2,96

48,33 ± 6,36

42,00 ± 6,35

0,6447

Os valores são expressos como média ± erro padrão. Temp: Temperatura; pH: Potencial hidrogeniônico; OD: Concentração de oxigênio dissolvido na água; Transp: Transparência; DH: Dureza total; CE: Condutividade elétrica. TDS: Sólidos totais dissolvidos. Letras diferentes na mesma linha indicam diferenças nas médias devido aos tratamentos, de acordo com o teste de comparações múltiplas de Tukey (p < 0,05).

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4.Discussão

Vitaminas e aminoácidos na alimentação animal são componentes essenciais, indispensáveis para o desenvolvimento e crescimento dos peixes. Os resultados que apresentaram melhoras no desempenho produtivo e aumento no rendimento do tronco limpo dos tambaquis foram os principais pontos positivos deste estudo. Isso ressalta que as exigências nutricionais dos peixes a essas vitaminas e aminoácidos vão além do que é oferecido nas rações comerciais da região, e que animais com atraso no crescimento necessitam de bioestimulantes para impulsionar seu desenvolvimento. Como o biomestimulante contém vários nutrientes conforme descritos na tabela 1, não é possível determinar ação individual deles, se agiram sozinhos ou participaram em várias vias metabólicas. Recomenda-se então, estudos posteriores em dose-resposta para cada um dos nutrientes, pois ajudaria a determinar a quantidade necessária para suprir as exigências nutricionais do tambaqui.

As vitaminas são importantes porque desempenham papel em várias reações metabólicas, que influenciam o crescimento e a saúde dos animais em geral [32]. Uma suplementação dietética polivitamínica tem envolvimento direto no ganho de peso e formação de eritrócitos dos peixes [33, 34, 35]. Além disso, essas vitaminas podem auxiliar no sistema imunológico e aumentar as defesas humoral e celular [36].

Quanto aos aminoácidos, servem de unidade básica para a síntese proteica. As proteínas, uma vez sintetizadas, participam de diversas funções no organismo, como constituição dos tecidos musculares e catálise de reações biológicas que também auxiliam no crescimento animal. Assim como as vitaminas, a suplementação de aminoácidos é crucial para manter o desempenho e saúde dos peixes [37].

Como as proteínas são compostas por aminoácidos responsáveis por diversas funções, isto está diretamente envolvido na regulação do metabolismo que promove o crescimento, fortalecimento dos ossos e energia para o animal [38]. Para isto, cerca de dez aminoácidos presentes no bioestimulante em estudo são considerados indispensáveis para a dieta dos peixes, pois não são sintetizados pelo organismo ou são produzidos em quantidades insuficientes, necessitando, portanto, ser adquiridos através da dieta ou da suplementação. Esse é o caso da arginina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina [39].

A importância da suplementação para animais tem sido praticada para suprir as perdas de aminoácidos que ocorrem durante o processo de industrialização na ração, e são comumente adicionados em dietas na piscicultura [35]. Essa combinação é interessante porque pode reduzir o consumo de nitrogênio por quilograma de ganho de peso de peixe e também pela maior eficiência na retenção do nitrogênio da dieta. Isso é fundamental para diminuir a exigência das proteínas nas rações e converter em peixes maiores e com mais rendimento muscular [40].

Contudo, muita atenção deve ser dada para o atendimento das exigências nutricionais dos peixes, pois a suplementação vitamínica em excesso pode causar toxidez, assim também como os aminoácidos [41]. Isso pode explicar por que o tratamento onde os tambaquis foram suplementados por 14 dias mês-1 (T3/14) apresentaram elevado fator de condição, que indica o bem-estar animal, além de apresentarem menor desempenho produtivo em relação aos peixes alimentados durante sete dias mês-1 (T2/7). Vitaminas em excesso causam desregulação nas vias metabólicas, na absorção dos nutrientes e isso prejudica o crescimento de peixes [42]. Por isso, os tambaquis alimentados apenas sete dias mês-1 (T2/7) apresentaram maior peso final, ganho de peso diário e melhor conversão alimentar em relação aos animais que tiveram alimentação sem suplementação e suplementação em excesso.

Quanto ao rendimento nos cortes, os resultados mostraram que os tratamentos influenciaram o peso da cabeça e pele dos animais, em que os menores valores indicam animais com maior rendimento em tronco limpo. Esta informação é de fundamental importância com vista ao processamento industrial desta espécie, visto que a cabeça não é uma parte aproveitada. O conhecimento do percentual de rendimento (PTL) apresenta grande importância para o processamento do pescado, visto que este parâmetro permite comparar as espécies, avaliar fatores críticos e visualizar o seu potencial para a industrialização [29].

O bioestimulante também apresentou outra importante função relacionada com a manutenção da saúde animal, a qual está relacionada com a hematopoiese e diminuição da glicose no sangue. O aumento do número de eritrócitos verificado nos tambaquis foi um resultado esperado, uma vez que este efeito positivo de vitaminas A, do complexo B e C já foi documentado em peixes durante o crescimento [43]. Além disso, essas vitaminas têm participação na biossíntese de purina e pirimidina, que envolve a formação e maturação dos eritrócitos [43, 44]. Ainda, o aumento dos eritrócitos nos tambaquis é importante porque pode suprir a toda a necessidade do transporte de oxigênio que a espécie exige para seu crescimento, por isso, o tratamento com os maiores peixes em relação ao ganho de peso e peso final apresentaram maior número de eritrócitos como descrito na tabela 4.

Na análise diferencial dos leucócitos, de forma geral, apresentaram o quadro hemático semelhante com os encontrados na literatura [45, 46, 47, 48], o que sugere que as condições de manejo são favoráveis para sua criação e boas condições de higidez. Quanto a glicose, o bioestimulante pode promover um metabolismo saudável com a redução dos níveis de glicemia. Isso promove uma utilização mais eficaz da glicose pelo organismo. O uso de parâmetros hematológicos como indicadores de saúde tem sido adotado pelo binômio entre nutrição e saúde dos peixes [49].

Por fim, a suplementação com bioestimulante não alterou as variáveis físico-química da água dos viveiros, o que indica que o fornecimento também não ocasiona impacto ambiental além do sistema convencional piscícola, fator relevante para meio ambiente em função da baixa excreção de compostos nitrogenados [37, 50].

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5.Conclusão

A suplementação dietética com o bioestimulante Promocalier L47® fornecida durante sete dias mês-1 (T2/7) proporcionou melhorias dos índices zootécnicos, maior rendimento de tronco limpo, auxiliou na produção de hemácias, diminuiu a glicose e não alterou a qualidade da água dos viveiros na criação de tambaquis.

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6.Declaração de direitos

 O(s)/A(s) autor(s)/autora(s) declara(m) ser detentores dos direitos autorais da presente obra, que o artigo não foi publicado anteriormente e que não está sendo considerado por outra(o) Revista/Journal. Declara(m) que as imagens e textos publicados são de responsabilidade do(s) autor(s), e não possuem direitos autorais reservados à terceiros. Textos e/ou imagens de terceiros são devidamente citados ou devidamente autorizados com concessão de direitos para publicação quando necessário. Declara(m) respeitar os direitos de terceiros e de Instituições públicas e privadas. Declara(m) não cometer plágio ou auto plágio e não ter considerado/gerado conteúdos falsos e que a obra é original e de responsabilidade dos autores.

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1

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil.

2

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil.

3

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil.

4

Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Amazonas- IDAM, Tabatinga, Brasil.

5

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil.

6

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil. ​​ 

7

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil.

8

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil.

9

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Peq. Empresas, Tabatinga, Brasil. ​​ 

10

Instituto Federal de Roraima – IFRR, Roiranópolis, Brasil.

11

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil.

12

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil.

13

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil.

14

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil.

15

Instituto Federal do Amazonas – IFAM, Tabatinga, Brasil. ​​ 

 


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