Amamentação: o escudo imunológico contra doenças autoimunes – uma revisão sistemática da literatura

ARTIGO ORIGINAL

Amamentação: o escudo imunológico contra doenças autoimunes – uma revisão sistemática da literatura

Thays Caroline Adriano do Nascimento Murad¹; João Victor Murad de Almeida²; Wagner Silva Araújo Carneiro Peixoto³; Vitor Cordeiro Vieira⁴

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Breastfeding: The Immunological Shield Against Autoimmune Diseases – A Sistematic Literature Review

Abstract

Breastfeeding plays a crucial role in preventing autoimmune diseases, providing unique protection to infants through the transfer of antibodies and other immunological substances. This systematic review investigates the immunological mechanisms involved in breastfeeding and analyzes the connection between this practice and the reduction in the risk of autoimmune diseases. Through a systematic search of scientific databases, relevant studies were selected that address the immunological effects of breast milk. The results indicate that prolonged breastfeeding is associated with a lower incidence of autoimmune diseases, such as type 1 diabetes and celiac disease, due to the positive modulation of the neonatal immune system. The promotion of breastfeeding should be encouraged as an effective public health strategy to reduce the prevalence of autoimmune diseases and promote child well-being.

Keywords: ​​ breastfeeding, autoimmune diseases, immune system, breast milk, neonatal health

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1. Introdução

A amamentação exerce um papel determinante na prevenção de doenças autoimunes, sendo primordial compreender os mecanismos imunológicos envolvidos nesse processo [1]. Este processo natural oferece uma proteção única aos bebês, auxiliando na maturação e regulação das respostas imunológicas [2]. Compreender a relação entre a amamentação e a imunidade é essencial para a promoção da saúde neonatal e a redução da incidência de doenças autoimunes ao longo da vida [3]. Esta revisão busca evidenciar a importância da amamentação na construção de uma base sólida para o sistema imunológico, capaz de enfrentar os desafios à saúde com eficiência e resiliência [4].

Estudos clínicos demonstram a importância da amamentação na modulação do sistema imunológico do bebê, conferindo-lhe proteção contra patologias autoimunes [5]. A análise científica busca proporcionar subsídios para políticas públicas de promoção da saúde materno-infantil [2].

O aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, aconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), está associado a benefícios consideráveis para a saúde materna e infantil, incluindo a recuperação pós-parto, redução do risco de hemorragias, doenças cardiovasculares, câncer de mama e diabetes tipo 2 [6]. Além disso, o leite materno fortalece o vínculo mãe-filho, fornece nutrientes essenciais e anticorpos que protegem contra diversas doenças autoimunes[7] [8].

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2. Referencial teórico

2.1 Referencial teórico Sistema Imunológico e Doenças Autoimunes

A compreensão do papel imunológico da amamentação na prevenção de doenças autoimunes é essencial para fundamentar a relevância desse estudo.

A crescente incidência de doenças autoimunes na população justifica a necessidade de abordagens preventivas, sendo a amamentação uma prática eficaz [9]. O sistema imunológico defende o corpo contra invasores patogênicos, como vírus e bactérias.

Durante a amamentação, a mãe transmite anticorpos e substâncias imunológicas para o recém-nascido, conferindo-lhe proteção adicional contra infecções e doenças autoimunes [6].

Estudos recentes revelam que o leite materno contém componentes imunomoduladores, como células imunes, citocinas, fatores de crescimento e ácidos graxos, que modulam a resposta imunológica do bebê [6] [10]. Essas substâncias ajudam na produção de anticorpos, na robustez da barreira intestinal e no equilíbrio das células imunes, reduzindo o risco de doenças autoimunes, como diabetes tipo 1 e doença celíaca [11].

As doenças autoimunes resultam de um mau funcionamento do sistema imunológico, que ataca células e tecidos saudáveis, causando inflamações e danos aos tecidos [12]. Exemplos incluem artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e doença de Crohn [13]. O leite materno é rico em células imunológicas, como linfócitos T e macrófagos, e em anticorpos, especialmente a imunoglobulina A (IgA), que defendem as membranas mucosas do bebê [12] [14].

A amamentação proporciona uma imunidade passiva e uma proteção adicional contra infecções [15]. Oligossacarídeos no leite materno estimulam o crescimento de bactérias benéficas no intestino da criança, contribuindo para a formação de um sistema imunológico robusto [11]. Estudos recentes indicam que a amamentação prolongada reduz o risco de doenças autoimunes, como diabetes tipo 1 e doença celíaca [16].

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2.2 Objetivos

Este estudo tem como objetivo fornecer uma investigação detalhada dos mecanismos imunológicos envolvidos na amamentação e analisar a conexão entre a prática da amamentação e a redução do risco de doenças autoimunes. Pretende-se salientar a relevância da amamentação como método de prevenção e promoção da saúde, além de contribuir para a ampliação do conhecimento científico nessa área.

Os objetivos específicos são: reconhecer os principais mecanismos imunológicos durante o aleitamento materno, analisar estudos epidemiológicos que confirmam a ligação entre amamentação e redução do risco de doenças autoimunes e realizar uma síntese crítica dos principais achados científicos. Busca-se fornecer subsídios para a formulação de políticas públicas que incentivem a prática da amamentação como medida de proteção contra doenças autoimunes.

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3. Metodologia

Esta revisão de literatura baseou-se em uma busca sistemática de artigos científicos relevantes, publicados a partir de 2010, focando em pesquisas que investigaram os efeitos imunológicos da amamentação em doenças autoimunes.

Foram incluídos estudos em humanos, publicados em periódicos revisados por pares, disponíveis em texto completo e que abordassem especificamente a relação entre amamentação e doenças autoimunes. Artigos duplicados, revisões de literatura e estudos com amostras pequenas foram excluídos.

A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando combinações de palavras-chave relacionadas à amamentação e doenças autoimunes. Os artigos selecionados foram avaliados quanto à sua qualidade metodológica e relevância para a discussão proposta.

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4. Desenvolvimento e discussão

 Na discussão sobre o papel imunológico da amamentação na prevenção de doenças autoimunes, é essencial considerar os mecanismos complexos envolvidos. A interação entre os anticorpos do leite materno e o sistema imunológico do bebê é um ponto-chave.

​​ A transferência de células imunes e fatores imunorregulatórios via amamentação aprimora a resposta imunológica das crianças [17] [18].

Além disso, as propriedades imunológicas do leite materno atuam como um escudo protetor contra infecções virais e bacterianas. Estudos recentes mostram que bebês amamentados têm menos chance de desenvolver alergias, asma e outras doenças autoimunes [19]. A amamentação promove a saúde da microbiota intestinal, resultando em uma maturação e equilíbrio do sistema imunológico [13].

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4.1 Resultados

A análise dos artigos científicos revelou que a amamentação desempenha um papel essencial na prevenção de doenças autoimunes. Estudos indicam uma redução significativa no risco de desenvolvimento de tais doenças em crianças amamentadas.

Esses benefícios reforçam a importância de promover e apoiar a amamentação como uma intervenção preventiva e de promoção da saúde [16] [8].

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5. Conclusão

A revisão dos estudos evidencia o papel crucial da amamentação na prevenção de doenças autoimunes.

Os mecanismos imunológicos envolvidos demonstram a relevância do leite materno na modulação do sistema imunológico do neonato, contribuindo para a prevenção de patologias autoimunes.

A promoção da amamentação deve ser incentivada como uma estratégia eficaz para reduzir a incidência de doenças autoimunes e promover o bem-estar e desenvolvimento saudável das crianças

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6. Biografias

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7. Declaração de direitos

 O(s)/A(s) autor(s)/autora(s) declara(m) ser detentores dos direitos autorais da presente obra, que o artigo não foi publicado anteriormente e que não está sendo considerado por outra(o) Revista/Journal. Declara(m) que as imagens e textos publicados são de responsabilidade do(s) autor(s), e não possuem direitos autorais reservados à terceiros. Textos e/ou imagens de terceiros são devidamente citados ou devidamente autorizados com concessão de direitos para publicação quando necessário. Declara(m) respeitar os direitos de terceiros e de Instituições públicas e privadas. Declara(m) não cometer plágio ou auto plágio e não ter considerado/gerado conteúdos falsos e que a obra é original e de responsabilidade dos autores.

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