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Scientific Society Journal  ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​​​ 

ISSN: 2595-8402

Journal DOI: 10.61411/rsc31879

REVISTA SOCIEDADE CIENTÍFICA, VOLUME 7, NÚMERO 1, ANO 2024
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ARTIGO ORIGINAL

Síndrome de Millard- Gubler malformação arteriovenosa em tronco encefálico

Dantas Mageste Ferreira1; Lano Sousa Moreira2; Vitor de Deus da Rocha Ribeiro Gonçalves3; Taianne Fiore Schumann4; Jéssica Aguilar da Silva5

 

Como Citar:

FERREIRA; Dantas Mageste; MOREIRA; Lano Sousa, GONÇALVES; Vitor de Deus da Rocha, SCHUMANN; Taianne Fiore, DA SILVA; Jéssica Aguilar. Síndrome de millard- gubler malformação arteriovenosa em tronco encefálico Revista Sociedade Científica, vol. 7, n. 1, p.212-217, 2024.
https://doi.org/10.61411/rsc202417917

 

DOI: 10.61411/rsc202417917

 

Área do conhecimento: Ciências da Saúde

 

Palavras-chaves: Malformação, arteriovenosa, embolização, radiocirurgia estereotáxica

 

Publicado: 10 de janeiro de 2024

Resumo

Malformações ​​ arteriovenosas cerebrais são lesões raras, de alto fluxo e baixa resistência, com shunt arterio venoso interposto por ​​ um nidus e com drenagem venosa precoce. O seguinte caso é uma paciente jovem com MAV localizada em ponte encefálica que apresentou com hemorragia, sendo submetida a tratamento endovascular do aneurisma intranidal e radiocirurgia estereotáxica, com cura angiográfica em dois anos.

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1. Introdução

 As malformações arteriovenosas cerebrais (MAV) são anomalias vasculares potencialmente graves. Os sintomas decorrem de sangramento ou compressão. MAV de fossa posterior por si só têm alto risco de sangramento em comparação às lesões supratentoriais (STAPF et al.; 2004). O manejo microcirúrgico de MAV em tronco é proibitivo, dessa forma embolização ou radiocirurgia são opções terapêuticas (SIQUEIRA et al., 2016) & (HARRIGAN, DEVEIKIS 2012).

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2.Descrição do Caso

 Paciente do sexo feminino, 19 anos, sem comorbidades prévias, foi admitida no serviço de Santa Casa de Belo Horizonte - MG referindo cefaleia, parestesia da hemiface direita e hemiparesia à esquerda de início súbito. Ao exame físico constatou-se hemiparesia esquerda proporcionada, grau III, paralisia facial periférica à direita, desvio do olhar conjugado para a esquerda e diplopia que acentua ​​ ao ​​ direcionar ​​ o olhar para a direita, sem alteração de provas cerebelares. Submetida à ressonância magnética (RM) de crânio, sendo identificado lesão em região ventral paramediana de ponte, adjacente ao pedúnculo cerebelar direito medindo 1,7 x 1,5 x 0,9 cm3, volume de 2,29 cm3 (Figura 1).

 

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Figura 1: RM de crânio T1 sem contraste em corte axial demonstrando lesão ao nível da ponte a direita.

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 Em sequência, foi realizada arteriografia cerebral que aponta nidus de Malformação Arteriovenosa (MAV), nutrido pela artéria cerebelar ântero-inferior à direita e drenada pela veia pré-central cerebelar (Figura 2 e 3)