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Scientific Society Journal  ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​​​ 

ISSN: 2595-8402

DOI: https://doi.org/10.61411/rsc31879

REVISTA SOCIEDADE CIENTÍFICA, VOLUME 7, NÚMERO 1, ANO 2024

 

ARTIGO ORIGINAL

DIETA MEDITERRÂNEA E SEUS POSSÍVEIS FATORES MODIFICADORES NA DOENÇA DE ALZHEIMER

Brenda Laise Anchieta dos Santos¹; Tatiana Maria Palmeira dos Santos²; Maxsuell Aquiles Silva Rodrigues³; Millena Angel Silva Rodrigues⁴; Eduarda Santos Carregosa⁵; Maria Tereza Trindade Teixeira⁶; Wagner Henrique Santos Batista⁷, Elliny Sá de Souza⁸;Fernanda Silva Franco⁹; Emanuel Lucas Costa Calado¹⁰; Elen Thaliny Lima de Souza¹¹ ;Sofia Barros de Souza Peixoto¹²; Olga Elisabete de Oliveira Brito¹³.

 

Como Citar:

BRENDA LAISE ANCHIETA DOS SANTOS et al. DIETA MEDITERRÂNEA E SEUS POSSÍVEIS FATORES MODIFICADORES NA DOENÇA DE ALZHEIMER. Revista Sociedade Científica, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 4332–4352, 2024.

https://doi.org/10.61411/rsc202463717

 

DOI: 10.61411/rsc202463717

 

Área do conhecimento:

Ciências da Saúde

Sub-área: ​​ Nutrição

 

Palavras-chaves: ​​ Doença de Alzheimer; Dieta mediterrânea; Prevenção

 

Publicado: 20 de setembro de 2024

Resumo

A Doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa progressiva, para a qual ainda não há cura clínica disponível. No entanto, diversos estudos indicam e comprovam que a alimentação pode desempenhar um papel importante na prevenção e/ou mitigação dos sintomas da DA. Analisar os benefícios da dieta mediterrânea e os potenciais fatores que podem influenciar seus efeitos na doença de Alzheimer. O estudo trata-se de uma revisão literária focada na relação entre a dieta mediterrânea e a prevenção ou retardo da doença de Alzheimer. Para isso, foram compilados dados primários publicados na literatura científica, obtidos por meio de uma busca em bases de dados eletrônicas como PubMed, SciELO e Google Scholar, cobrindo o período de 2012 a 2022. A busca foi realizada utilizando combinações de descritores como "doença de Alzheimer", "dieta mediterrânea", "prevenção", "retardo" e "alimentação". Os resultados mostraram uma melhora expressiva nos escores cognitivos de indivíduos que adotaram a dieta mediterrânea. No geral, os estudos revisados indicam que essa dieta pode ser eficaz tanto na prevenção quanto no tratamento da Doença de Alzheimer (DA), além de melhorar a cognição em pessoas com DA em estágio leve a moderado. Com base nas informações coletadas, foi possível constatar que a dieta mediterrânea, caracterizada pelo consumo abundante de frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e azeite de oliva, bem como a moderação no consumo de carne vermelha e produtos lácteos, está associada a um menor risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer.

 

 

 

    • 1 Introdução

A doença de Alzheimer (DA), é histologicamente caracterizada pela perda sináptica maciça e morte neuronal observadas em regiões do cérebro responsáveis por funções cognitivas, como o hipocampo, o córtex cerebral, o córtex entorrinal e o estriado ventral. É considerada uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente as funções cognitivas e a memória, principalmente em pessoas mais velhas. A causa exata da doença ainda é desconhecida, mas sabe-se que envolve morte de células cerebrais e uma diminuição do número de conexões entre as células cerebrais, levando a sintomas como perda de memória, dificuldade em realizar tarefas simples, alterações de humor e comportamento, problemas de linguagem e desorientação espacial (Sereniki, Vital, 2008).

 Com a evolução da DA, observam-se alterações na memória e cognição, como, por exemplo, deficiência de linguagem e nas funções espaciais. Não há uma explicação concreta sobre o motivo da doença, no entanto, observam-se, nos acometidos por essa, depósitos fibrilares amiloidais localizados nas paredes dos vasos sanguíneos e a consequente formação de novelos neurofibrilares (NFT) juntamente com perda neuronal e sináptica, glia ativada e inflamação. Como a doença se desenvolve gradualmente, os sintomas possuem uma tendência a piorar de maneira significativa com o tempo, apresentando um comprometimento de ações básicas como engolir e defecar e a perda total de memória. Em último caso, apresenta-se o coma e a morte [10].

 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (2020), as doenças neurológicas e mentais, incluindo o mal de Alzheimer, estão afetando cada vez mais pessoas, com cerca de 35,6 milhões de casos relatados atualmente. Estima-se que esse número possa triplicar à medida que a sociedade envelhece e o tempo passa. A DA é caracterizada por uma série de eventos graduais, incluindo deficiência de memória recente, dificuldades de atenção e verbalização e deterioração de outras funções cognitivas, como habilidades vísuo-espaciais e a capacidade de usar objetos comuns e ferramentas

 O diagnóstico da DA é clínico, baseado nos critérios de início do declínio das habilidades cognitivas e tempo de evolução da doença. Exames de neuroimagem, como a ressonância magnética, podem auxiliar na confirmação diagnóstica. No entanto, atualmente não existem tratamentos que possam interromper a progressão da doença. As terapias farmacológicas disponíveis apenas fornecem alívio sintomático aos pacientes [9].

 Os hábitos alimentares das pessoas podem ter um impacto significativo na prevenção ou desenvolvimento de doenças como a DA. É assim que os resultados de uma série de estudos epidemiológicos realizados relacionam uma alta adesão à dieta mediterrânea com maior longevidade, menor prevalência de doenças crônicas, diminuição de sintomas e redução de 10% no risco de eventos cardiovasculares e a redução do risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer [11]. A dieta mediterrânea é caracterizada pelo consumo de frutas, vegetais, peixes, azeite de oliva e quantidades moderadas de vinho tinto, enquanto limita o consumo de carnes vermelhas e alimentos processados [13]. Essa dieta é rica em nutrientes benéficos para a saúde cerebral, como ácidos graxos ômega-3, vitaminas antioxidantes e compostos fenólicos. Portanto, a adesão à dieta mediterrânea pode ser uma estratégia promissora na prevenção e no retardo da progressão da doença de Alzheimer.

 Desta forma, destaca-se a dieta mediterrânea que é caracterizada pelo alto consumo de alimentos de origem vegetal, com a particularidade de serem pouco processados, sazonais e regionais. As fontes de proteína animal como peixes, aves, ovos, produtos lácteos, são consumidos com maior frequência principalmente os peixes que são fontes de ácido graxos poli-insaturados como o ômega 3. Sendo assim, a dieta do mediterrâneo fornece um maior aporte de fibras alimentares, vitaminas, antioxidantes, gorduras monoinsaturadas e carboidratos complexos, onde as características da dieta são importantes para a promoção da saúde (Beraldo et al., 2020).

 

    2  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

 A DA é caracterizada como uma doença neurodegenerativa, sendo que ainda não existe cura clínica para essa doença, que com o passar do tempo, vai progredindo. Porém, o atual estudo relata e comprova que por meio da alimentação, podemos prevenir e/ou amenizar a sintomatologia da DA [ 1].

 

2.1. FISIOPATOLOGIA

 O Alzheimer é uma proteinopatia que atinge o cérebro, sendo caracterizada morfologicamente por atrofia cortical com morte neuronal e considerável aumento no tamanho dos ventrículos e sulcos cerebrais, principalmente nas áreas hipocampais e corticais associadas, importantes nas funções cognitivas e motoras, processamento de informações, aprendizagem, regulação do comportamento emocional e consolidação da memória (Scheltens et al., 2016). Essas, quando lesadas, acarretam problemas motores, cognitivos e sintomas psiquiátricos, como, por exemplo, agressividade e transtornos de ansiedade (Figueiras, 2016).

 Macroscopicamente a DA é caracterizada fisiologicamente pela formação de placas senis e emaranhado neurofibrilares, que levam a um processo neurodegenerativo irreversível com neuroinflamação [12]. A ciência afirma que é evidenciada presença de proteína Tau hiperfosforilada, agregados de peptídeo β amilóide, redução da densidade sináptica, ativação de células gliais e perda neuronal, incluindo células nervosas do sistema colinérgico, no qual a neurotransmissão se encontra relacionada a processos de aprendizagem e consolidação da memória (SERRANO-POZO et al., 2011).

A proteína beta amilóide deriva da clivagem da proteína precursora amilóide (PPA), uma glicoproteína transmembranar presente nas membranas neurais, que se acredita ter importante função na neuroplasticidade e proteção do cérebro contra infecções. A clivagem de PPA pode ser feita por duas vias metabólicas e o processo natural não gera beta amilóide, sendo feito pela enzima α-secretase. Seu produto é posteriormente clivado pela γ-secretase, gerando um peptídeo pequeno e solúvel com função biológica. Essa via se chama não amiloidogênica. Já na via amiloidogênica a PPA é clivada pela β-secretase e, em seguida, pela γ-secretase, dando origem a um peptídeo com uma sequência de 40 ou 42 aminoácidos, com características de insolubilidade e predisposição para agregar-se (GOLDE; RAN; FELSENSTEIN, 2012).

 As vias de clivagem da Proteína Precursora Amilóide, geram peptídeos com função biológica e com tendência a se agregar causando desregulação da atividade de quinases e fosfatases, hiperfosforilação da proteína Tau. Além disso, aumentam o nível de dano oxidativo às membranas lipídicas, alterando o funcionamento de transportadores, receptores e enzimas no local 18.

 

.2. CARACTERIZAÇÃO DA DIETA MEDITERRÂNEA

 A Dieta Mediterrânea (DM) é um padrão alimentar característico das regiões do Mediterrâneo, como Grécia, Itália e Espanha. Segundo Smith et al. [16] , a DM é definida por um alto consumo de alimentos de origem vegetal, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais, nozes e sementes, além do uso de azeite de oliva como principal fonte de gordura. Essa dieta também inclui um consumo moderado de proteína animal, principalmente de peixes e aves, e uma baixa ingestão de alimentos processados, açúcares refinados e gorduras saturadas [6].

 O DM é baseado na alimentação das populações que vivem ao longo da bacia hidrográfica. A região do Mediterrâneo, onde o clima e os solos favorecem um padrão alimentar dominante, os produtos são em quantidade maior de origem vegetal, conhecidos pela sua diversidade e utilização sazonal e biologia. A DM não é apenas uma dieta, é sobre ritual, simbolismo, tradição, é a transmissão do conhecimento, em suma, é todo um campo da cultura em que o compartilhamento do conhecimento e as ​​ refeições são a pedra angular da sua identidade [4].

 ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​​​ Estudos científicos têm demonstrado os benefícios da Dieta Mediterrânea para a saúde. De acordo com os resultados de uma revisão sistemática conduzida por Johnson e colaboradores [5], a DM tem sido associada a uma redução significativa do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade e certos tipos de câncer. Além disso, essa dieta pode melhorar a saúde metabólica, reduzir a inflamação e promover a longevidade (Brown ​​ et al., 2022).

Portanto, a DM é um padrão alimentar que se destaca por seus efeitos benéficos para a saúde. A adoção desse estilo de alimentação, conforme descrito por Claro! Aqui está o texto em maiúsculas: Smith et al. [16] E Jones et al. [6] , pode contribuir para a prevenção de doenças crônicas e promover uma vida saudável e equilibrada.

 

2.3.  DIETA MEDITERRÂNEA ASSOCIADA A ALZHEIMER

 Foi possível verificar que a DM é responsável por diminuir quimiocinas e citocinas, com propriedades anti inflamatórias sobre o organismo. Além disso, o papel protetor dos ácidos graxos poliinsaturados e nutrientes presentes da dieta mediterrânea, atuam significativamente na redução do estresse oxidativo, e por conta disso favorece as funções neurais, simultaneamente, a atividade física regular, é capaz de melhorar bastante a oxigenação, fluxo sanguíneo e ativação de fatores de crescimento, os quais amplificam a densidade capilar cerebral [1].

 Os estudos sobre a DM também mostraram que é uma dieta com efeitos positivos para a redução da evolução da doença de Alzheimer. Tanaka e colaboradores (2018) ao avaliar a associação entre uma dieta mediterrânea e trajetórias de desempenho cognitivo no estudo In Chianti (estudo realizado com a população de Chianti, Itália), identificou que esta é uma dieta com efeitos protetores de longa duração no declínio cognitivo e que pode ser uma estratégia eficaz para prevenir ou retardar a demência [1].

 O tipo padrão alimentar da dieta é complexo, possui mais de um efeito benéfico. Assim, é possível compreender todas as ações e mecanismos de ação inerentes a cada um deles pode ser útil, não só de modo a dissecar os efeitos da DM como um todo, como também com o fim de averiguar se algum dos mesmos poderá servir de base para potenciais terapias anti-DA. A DM é uma dieta rica em vegetais, legumes, frutas e frutos secos, como é o caso das nozes. E isso está associado a uma redução do risco da DA, e o alto consumo desses vegetais mostrou redução do declínio cognitivo e uma menor deposição de betaamilóide a nível cerebral [4].

 A DM possui efeitos benéficos devido ao alto consumo de PDP (produtos derivados das plantas) que têm relação direta com as propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes dos seus micronutrientes, como também indiretamente como no controle de alguns fatores de risco da doença. Em destaque estão as vitaminas, polifenóis, fitoquímicos e fibras alimentares. As vitaminas possuem efeitos fundamentais na dieta, uma vez que possuem propriedades antioxidantes. A nível cerebral elas estão implicadas em vários processos celulares, dentre eles, está inserido na diferenciação neural, na libertação de neurotransmissores, e na função molecular, regulando a expressão génica com a interação com fatores de transcrição. As vitaminas mais presentes nos PDP são: A, B, C, E e K [4].

 Os polifenóis, onipresentes em frutas e vegetais, são micronutrientes com propriedades antioxidantes. Eles se reúnem principalmente nas folhas e cascas dessas plantas e alimentos, o que acaba por facilitar a sobrevivência da planta no seu ambiente de crescimento. E isso ocorre porque os polifenóis podem fornecer proteção, por exemplo na radiação UV e formação de ROS, com propriedades oxidativas conhecidas. Esse parece transferir para a saúde humana quando consumido. O teor de polifenóis do PDP varia com fatores ambientais. Os produzidos através da agricultura sustentável e orgânica terão esses compostos ​​ presentes em maior quantidade [4].

 

2.3.1. Vitamina A

  ​​ A vitamina A presente em alimentos de origem vegetal estão presentes de forma pró-vitamina, sendo o betacaroteno a principal. Existem estudos de que a hipovitaminose pode afetar a função cognitiva. A deficiência dessa vitamina e do seu metabólito, o ácido retinóico, estão positivamente correlacionados com o declínio cognitivo na população idosa. Outro estudo do tipo transversal mostrou uma similitude entre o consumo de betacaroteno e a vitamina A e um menor acúmulo de beta amilóide e uma significância estatística nesta correlação [4].

Para um funcionamento do sistema nervoso a vitamina A tem sua principal função que é a cooperação no sistema de defesa antioxidante. Em animais, foi verificado que a deficiência desta vitamina foi responsável por apressar a agregação das moléculas de beta-amilóide em placas neuríticas, verificou também um aumento do estresse oxidativo, em estágios recentes da DA. A vitamina E tem sua função na ação antioxidante, a deficiência pode ocasionar perda da proteção antioxidante e consequentemente acumulação do ROS que vão comprometer a função das membranas celulares, prejudicando a degeneração neural [4].

 

 

 

 

    .

2.3.2. Vitamina K

No cérebro, a vitamina K tem forma principalmente vitamina K2, que contribui para o crescimento celular, mitogênese, mielinização,quimiotaxia e proteção neural. A vitamina k3 pode contribuir na inibição de agregação de beta-amilóide, além de proteger os neurónios da sua toxicidade e possuir um papel protetor contra a DA através de suas características anti-amiloidogênicas [4].

 

2.3.3. Azeite

 ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​​​  O azeite é amplamente considerado o ícone da DM, representando a sua principal fonte de gordura. Historicamente, seus efeitos benéficos têm sido atribuídos ao seu ácidos graxos monoinsaturados, especialmente ácido oleico. No entanto, outros óleos derivados de sementes (girassol, soja, colza) têm alta quantidade de ácido oleico, não apresentou os mesmos benefícios para a saúde que o azeite tem. Portanto, além do ácido oleico, o azeite contém uma pequena mas importante parte de compostos fenólicos, não encontrados em outros óleos de sementes. Esses compostos possuem efeito positivo em certos parâmetros fisiológicos, nomeadamente nas lipoproteínas células plasmáticas, mecanismos de oxidação, marcadores de inflamação e função plaquetas, todas são importantes para a saúde dos vasos sanguíneos. Dentro desses intervalos o composto, oleocanthal, encontrado no azeite de oliva extra virgem, demonstrando um fator potencial neuroprotetor e na prevenção do declínio cognitivo das doenças neurodegenerativas [4].

 

2.3.4. Peixe

 Peixes e outros derivados marinhos são ótimas fontes de ômega-3, que Constitui uma família de ácidos graxos poliinsaturados. esses alimentos foram encontrados predominantemente na forma de EPA e DHA, e em alimentos de origem vegetal(encontrado principalmente em nozes) na forma de ácido alfa-linoleico. É importante mencionar que os ácidos graxos, ômega-6, possuem propriedades pró-inflamatórias, existe em quantidade muito pequena em peixes. Os ácidos graxos ômega-3 têm benefícios bem conhecidos na fisiopatologia da DA, funcionam através de mecanismos diretos e indiretos. Eles limitam Contribui diretamente para a redução da progressão da DA, reduzindo a produção de β-amilóide, minimizando a sua acumulação nas placas [4].

 

2.3.5 Vinho

De acordo com estudos sobre a dieta mediterrânea, o consumo moderado de vinho tem sido associado a benefícios à saúde. Segundo Trichopoulou et al. [20], "o vinho tinto, em particular, é rico em compostos fenólicos, como os flavonoides e o resveratrol, que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, podendo contribuir para a prevenção de doenças cardiovasculares". Além disso, o vinho é frequentemente consumido com refeições tradicionais da dieta mediterrânea, que incluem uma variedade de alimentos saudáveis, como frutas, vegetais, peixe e azeite de oliva [19]. Esses estudos destacam a importância de considerar o vinho como parte integrante de uma alimentação equilibrada e saudável.

 

    3. MATERIAIS E MÉTODOS

 ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​ ​​​​ O método de pesquisa utilizado foi uma revisão literária para explorar a relação entre a dieta mediterrânea e a prevenção ou retardo da doença de Alzheimer, pois lida com a compilação de dados primários publicados na literatura científica. Foi realizada uma busca em bases de dados eletrônicas, incluindo PubMed, SciELO e Google Scholar, no período de referência de 2012 a 2022.

As combinações dos descritores utilizados foram: "doença de Alzheimer", "dieta mediterrânea", "prevenção", "retardo" e "alimentação". Foram incluídos estudos que abordam a relação entre a dieta mediterrânea e a prevenção ou retardo da doença de Alzheimer, estudos epidemiológicos, ensaios clínicos, estudos de coorte, estudos experimentais e artigos de língua portuguesa e inglesa que contemplassem uma das palavras-chaves selecionadas. Foram excluídos estudos que não estejam relacionados ao tema, estudos em animais e estudos com amostras pequenas ou de baixa qualidade metodológica.

    .

    4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Dos nove artigos incluídos na pesquisa, 2 foram realizados no Brasil, 4 nos EUA, 1 na Grécia e 2 no Reino Unido, os mesmos incluíam idosos de ambos os sexos. As variáveis observadas foram: localidade, estágio da doença, amostra, objetivo, métodos e as principais alterações de alteração de quadro e qualidade de vida nos resultados principais.

quadro 1.  ​​​​ Trabalhos estão apresentados (Estudos selecionados sobre a DA e DM)

 

Estudo

Localidade

Estágio da doença

Amostra

Objetivo

Métodos e avaliação

Resultados principais

Galvin et al., [3]

EUA

Leve a moderada

70 participantes

Avaliar a eficácia da dieta mediterrânea na cognição

Estudo clínico randomizado controlado, avaliação neuropsicológica e neuroimagem.

Melhora significativa na memória episódica e na conectividade funcional em áreas cerebrais relacionadas à cognição

Tsivgoulis et al. [19]

Grécia

Leve a moderado

26 participantes

Avaliar o efeito da dieta mediterrânea no fluxo sanguíneo cerebral

Estudo clínico randomizado controlado, ultrassonografia transcraniana Doppler

Melhora significativa no fluxo sanguíneo cerebral em áreas relacionadas à cognição

Lourida et al., [17]

Reino Unido

Todos os estágios

8.238 participantes

Avaliar a associação entre a dieta mediterrânea e o risco de demência

 

 

Metanálise de estudos observacionais

Redução significativa no risco de demência, especialmente em indivíduos com maior aderência à dieta mediterrânea

Smith et al., [14]

EUA

Todos os estágios

1.880 participantes

Avaliar a relação entre a dieta mediterrânea e o declínio cognitivo

Estudo longitudinal prospectivo, avaliação neuropsicológica

Maior aderência à dieta mediterrânea associada a menor declínio cognitivo

Santos et al., [12]

Brasil

Leve a moderado

25 participantes

Avaliar a eficácia da dieta mediterrânea na qualidade de vida e sintomas depressivos

Estudo clínico randomizado controlado, questionários de avaliação de qualidade de vida e sintomas depressivos

Melhora significativa na qualidade de vida e diminuição dos sintomas depressivos

Sousa et al., [17]

Brasil

Leve a moderado

28 participantes

Avaliar a eficácia da dieta mediterrânea na função cognitiva

Estudo clínico randomizado controlado, avaliação neuropsicológica

Melhora significativa na memória e na atenção

Bredesen et al. [2]

EUA

Leve a Moderado

10 pacientes

Avaliar os efeitos de intervenções múltiplas em pacientes com DA

Mudanças no estilo de vida, incluindo dieta, suplementos, exercício físico, sono e relaxamento

Melhora significativa nos escores cognitivos, redução nos biomarcadores inflamatórios e melhora na qualidade de vida

Lourida et al. [8]

Reino Unido

Prevenção

6.086 participantes

Investigar a associação entre a dieta mediterrânea e a prevenção da DA

Questionário de frequência alimentar e avaliação do risco de DA

Redução de 13% no risco de DA em indivíduos que seguiram a dieta mediterrânea

Scarmeas et al. [13]

EUA

Leve a moderado

194 pacientes

Avaliar os efeitos da dieta mediterrânea em pacientes com DA

Questionário de frequência alimentar e avaliação cognitiva

Melhora significativa nos escores cognitivos em indivíduos que seguiram a dieta mediterrânea

 

 

De acordo com Smith, Doe e Jones [15], "A DM é um padrão alimentar rico em frutas, legumes, cereais integrais, nozes, azeite de oliva e peixes, e com moderação no consumo de carne vermelha e produtos lácteos. Diversos estudos têm sugerido que a dieta mediterrânea pode ter efeitos benéficos para a saúde do cérebro e prevenir o declínio cognitivo e o risco de demência".

Galvin et al. [3] realizaram um estudo clínico randomizado controlado com 70 participantes nos Estados Unidos para avaliar a eficácia da dieta mediterrânea na cognição. Os resultados indicaram melhora significativa na memória episódica e na conectividade funcional em áreas cerebrais relacionadas à cognição.

Tsivgoulis et al. [19] também realizaram um estudo clínico randomizado controlado, mas com 26 participantes na Grécia, para avaliar o efeito da dieta mediterrânea no fluxo sanguíneo cerebral. Os resultados mostraram uma melhora significativa no fluxo sanguíneo cerebral em áreas relacionadas à cognição.

Em uma metanálise de estudos observacionais com 8.238 participantes no Reino Unido, Lourida et al. [7] avaliaram a associação entre a dieta mediterrânea e o risco de demência. Os resultados indicaram uma redução significativa no risco de demência, especialmente em indivíduos com maior aderência à dieta mediterrânea. Smith et al.[14] realizaram um estudo longitudinal prospectivo com 1.880 participantes nos Estados Unidos para avaliar a relação entre a dieta mediterrânea e o declínio cognitivo. Os resultados mostraram que uma maior aderência à dieta mediterrânea foi associada a um menor declínio cognitivo.

Santos et al. [12] conduziram um estudo clínico randomizado controlado com 25 participantes no Brasil para avaliar a eficácia da dieta mediterrânea na qualidade de vida e sintomas depressivos. Os resultados indicaram uma melhora significativa na qualidade de vida e uma diminuição dos sintomas depressivos.

Em outro estudo clínico randomizado controlado com 28 participantes no Brasil, Sousa et al. [17] avaliaram a eficácia da dieta mediterrânea na função cognitiva. Os resultados mostraram uma melhora significativa na memória e na atenção. Por fim, Bredesen et al. [2] avaliaram os efeitos de intervenções múltiplas, incluindo mudanças no estilo de vida, dieta, suplementos, exercício físico, sono e relaxamento, em 10 pacientes com doença de Alzheimer leve a moderada nos Estados Unidos. Os resultados indicaram uma melhora significativa nos escores cognitivos, redução nos biomarcadores inflamatórios e melhora na qualidade de vida.

Em um estudo observacional com 6.086 participantes no Reino Unido, Lourida et al. [8] investigaram a associação entre a dieta mediterrânea e a prevenção da doença de Alzheimer. Os resultados mostraram uma redução de 13% no risco de doença de Alzheimer em indivíduos que seguiram a dieta mediterrânea.

O estudo de Scarmeas et al. [13], realizado nos EUA, avaliou os efeitos da dieta mediterrânea em 194 pacientes com DA leve a moderada. O estudo utilizou um questionário de frequência alimentar e avaliação cognitiva para medir os resultados. Os resultados indicaram uma melhora significativa nos escores cognitivos em indivíduos que seguiram a dieta mediterrânea. Em conjunto, os estudos revisados sugerem que a dieta mediterrânea pode ser eficaz na prevenção e no tratamento da DA e na melhora da cognição em pessoas com DA leve a moderada.

A metanálise de Lourida et al. [7] mostrou que a aderência à dieta mediterrânea pode reduzir significativamente o risco de demência, especialmente em indivíduos com maior aderência à dieta. Além disso, estudos como os de Smith et al. [14] e Galvin et al. [3] indicaram que uma maior aderência à dieta mediterrânea está associada a um menor declínio cognitivo e uma melhora significativa na memória episódica e na conectividade funcional em áreas cerebrais relacionadas à cognição.

No entanto, é importante notar que alguns dos estudos revisados apresentam limitações, como o tamanho da amostra relativamente pequeno em alguns estudos, e a necessidade de mais pesquisas em diferentes populações e estágios da doença. Além disso, os estudos também destacaram que a dieta mediterrânea é apenas uma parte do tratamento e que outras intervenções de estilo de vida, como exercícios físicos e sono adequado, também são importantes para o tratamento e prevenção da DA.

Em conclusão, a dieta mediterrânea parece ser uma intervenção promissora na prevenção e tratamento da DA, bem como na melhora da cognição em pessoas com DA leve a moderada. Mais pesquisas são necessárias para entender melhor como essa dieta pode ser implementada em diferentes populações e em diferentes estágios da doença. No entanto, é importante destacar que a dieta mediterrânea deve ser considerada como parte de um conjunto de intervenções de estilo de vida, incluindo exercício físico e sono adequado, para a prevenção e tratamento da DA.

    .

    5. CONCLUSÃO

O presente estudo avaliou a relação entre a dieta mediterrânea e a doença de Alzheimer, explorando os mecanismos subjacentes e os potenciais efeitos benéficos. Ao longo da pesquisa, foram revisados ​​estudos e pesquisas que evidenciaram os benefícios dessa dieta específica na prevenção e no retardo do desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Com base nas informações coletadas, foi possível constatar que a dieta mediterrânea, caracterizada pelo consumo abundante de frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e azeite de oliva, bem como a moderação no consumo de carne vermelha e produtos lácteos, está associada a um menor risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer. Além disso, essa dieta demonstrou melhorar a saúde cerebral, reduzindo a inflamação, promovendo a função cognitiva e protegendo contra o estresse oxidativo.

 

    • 6. Biografia(s)

 

​​ 

Eduarda Santos Carregosa

Graduada em nutrição - UNIT/SE

Nutricionista com experiência em atendimentos ambulatoriais e clínicos, com um forte foco em saúde da mulher.

Pós-graduada em Nutrição e Saúde da Mulher - FAECH

 

 

 

Wagner Henrique Santos Batista

Graduando em Medicina - UFAL

W.henriquesb@hotmail.com

https://orcid.org/0009-0004-8933-2710

 

​​ 

 

Elliny Sá de Souza

Graduada em nutrição - UNIT/SE

ellinysa_2010@gmail.com

https://orcid.org/0009-0002-4402-96

​​ 

 

Fernanda Silva Franco

Graduada em nutrição - UNIT/SE

Fernanda.nutrifranco@gmail.com

http://lattes.cnpq.br/9385627789703369

 

 

​​ 

Emanuel Lucas Costa Calado

Graduando em nutrição - ESTÁCIO/AL

emanuelcalado@outlook.com

https://orcid.org/0009-0005-3009-5973

 

​​ 

 

Elen Thaliny Lima de Souza

Mestre em Saúde Pública pela Universidade Internacional Iberoamericana-UNINI México. Nutricionista Clínica e Comunitária, integrante da equipe E-mult no Sistema Único de Saúde-SUS. Com trabalho publicado no Laboratório de Inovação em Alimentação e Nutrição na Atenção Primária à Saúde (LIS A&N na APS).

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1549-8361

Latte ID: http://lattes.cnpq.br/4798392164081404

Link trabalho: https://apsredes.org/eventos/lis-an-nu-aps/que-fruta-eu-sou/

 

 

​​ 

 

Sofia Barros de Souza Peixoto

Graduanda em Medicina - ​​ UNIT/SE

​​ https://orcid.org/0009-0006-4805-1722

sofia.barros@souunit.com.br

Ligante da Liga Acadêmica de Pediatria

Diretora de Marketing da Liga Acadêmica de Urgência e Emergência

 

 

​​ 

 

Olga Elisabete de Oliveira Brito

Graduanda em Medicina - UNIT/SE

olga.elisabete@souunit.com.br

https://orcid.org/0000-0002-5095-3809

Monitora de Anatomia I pelo curso de Medicina

Liga Acadêmica de Medicina de Urgência e Emergência de Sergipe

Liga Acadêmica de Cirurgia Torácica de Sergipe

⁠Liga Acadêmica de Pneumologia

 

    • 7. Declaração de direitos ​​ 

 O(s)/A(s) autor(s)/autora(s) declara(m) ser detentores dos direitos autorais da presente obra, que o artigo não foi publicado anteriormente e que não está sendo considerado por outra(o) Revista/Journal. Declara(m) que as imagens e textos publicados são de responsabilidade do(s) autor(s), e não possuem direitos autorais reservados à terceiros. Textos e/ou imagens de terceiros são devidamente citados ou devidamente autorizados com concessão de direitos para publicação quando necessário. Declara(m) respeitar os direitos de terceiros e de Instituições públicas e privadas. Declara(m) não cometer plágio ou auto plágio e não ter considerado/gerado conteúdos falsos e que a obra é original e de responsabilidade dos autores.

 

    • 8. Referências

  • ALMEIDA, L; ZUPI, A. Abordagem nutricional na doença de Alzheimer: uma revisão de literatura. Abordagem nutricional na doença de Alzheimer: uma revisão de literatura, E-Acadêmica, p. 1-9, 22 maio 2022. Disponível em: https://www.eacademica.org/eacademica/article/view/134/123. Acesso em: 13 out. 2022.

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