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ISSN: 2595-8402

Journal DOI: 10.61411/rsc31879

REVISTA SOCIEDADE CIENTÍFICA, VOLUME 7, NÚMERO 1, ANO 2024
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ARTIGO ORIGINAL

A influência do uso da maconha (cannabis sativa) no agravamento de doenças psiquiátricas

Laiane de Oliveira Campos1

 

Como Citar:

CAMPOS, Laiane de Oliveira. A influência do uso da maconha (cannabis sativa) no agravamento de doenças psiquiátricas. Revista Sociedade Científica, vol.7, n. 1, p.2671-2699, 2024.

https://doi.org/10.61411/rsc202440217

 

DOI: 10.61411/rsc202440217

 

Área do conhecimento: Ciências da Saúde.

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Palavras-chaves: Maconha. Cannabis. Drogas. Abuso de Substâncias. Doenças Psiquiátricas. Esquizofrenia.

 

Publicado: 15 de junho de 2024.

 

Resumo

A maconha (Cannabis sativa) pode afetar o desenvolvimento do cérebro, principalmente, no crescimento. Está relacionado a transtornos psiquiátricos, além de prejudicar a parte cognitiva também afeta a motora. Em indivíduos com a pré-disposição ou que já possuam doenças psiquiátricas pode piorar o quadro clínico agravando os sintomas e tendo efeitos negativos no seu uso. Este estudo objetivou mostrar as consequências da Cannabis sativa no agravamento de doenças psiquiátricas como: a ansiedade, pânico, as crises de abstinência, a dependência química, depressão, a esquizofrenia, entre outros. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica com a abordagem descritiva e explicativa por meio de buscas em bases de dados em sites científicos e livros. Através de buscas foi possível detalhar a toxicocinética e toxicodinâmica da maconha, além, de onde ela atua no cérebro - o THC atua no Sistema Nervoso Central (SNC), seu efeito agudo e crônico no organismo. Enfim, através do estudo realizado, busca melhorar a compreensão acerca dos males da maconha (Cannabis sativa) fisicamente e psiquicamente. Comprovando que a dependência química de maconha em relação aos seus usuários é real acontece quando o cérebro se adapta a grandes quantidades do THC; existe a possibilidade de através do uso da Cannabis de desenvolver também os transtornos depressivos que podem aumentar com a frequência do uso e o efeito tóxico da maconha pode provocar a psicose aguda e a produção intensificada de curto prazo de doenças psicóticas preexistentes, como a esquizofrenia – Portanto, entender o que o uso da droga de forma precoce pode acarretar, aprofundar com base na pesquisa realizada o conhecimento científico em relação as doenças psiquiátricas com o uso da Cannabis e estimular os estudos que correlacionem o abuso da maconha com as respectivas patologias, além, de compreender as doenças psiquiátricas.

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The influence of the use of marihuana (cannabis sativa) in the worse of psychiatric diseases

Abstract

Marijuana (Cannabis sativa) can affect brain development, particularly growth. It is related to psychiatric disorders, in addition to impairing the cognitive part, it also affects the motor. In individuals with predisposition or who already have psychiatric illnesses, it can worsen the clinical picture, aggravating the symptoms and having negative effects on its use. This study aimed to show the consequences of Cannabis sativa in the worsening of psychiatric illnesses such as: anxiety, panic, withdrawal crises, chemical dependence, depression, schizophrenia, among others. This is a bibliographic review research with a descriptive and explanatory approach through searches in databases on scientific websites and books. Through searches it was possible to detail the toxicokinetics and toxicodynamics of marijuana, in addition to where it acts in the brain- THC acts in the Central Nervous System (CNS), its acute and chronic effect in the body. Finally, through the study carried out, it seeks to improve the understanding about the evils of marijuana (Cannabis sativa) physically and psychically. Proving that the chemical dependence of marijuana in relation to its users is real happens when the brain adapts to large amounts of THC; there is the possibility that through the use of Cannabis you can also develop depressive disorders that can increase with the frequency of use and the toxic effect of marijuana can cause acute psychosis and the short-term intensified production of pre-existing psychotic diseases, such as schizophrenia – Therefore, understanding what the use of the drug at an early age can entail, deepening scientific knowledge based on the research carried out in relation to psychiatric illnesses with the use of Cannabis and encouraging studies that correlate the abuse of marijuana with the respective pathologies, in addition to, to understand psychiatric illnesses.

Keywords: Marihuana. Cannabis. Drugs. Substance Abuse. Psychiatric Illnesses. Schizophrenia.

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1. Introdução

O uso de drogas faz parte da história da humanidade, um consumo feito por diferentes civilizações em sua temporalidade, onde na Idade Antiga há evidências do uso de drogas, que apontam primeiro para a descoberta do álcool através da fermentação e logo depois o ópio e o cânhamo (maconha) (23).

A utilização de substâncias psicoativas tem se propagado no mundo e esse aumento considerável é capaz de atingir todos os grupos sociais, demandando ações e funções de profissionais especializados da área da saúde, já que de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) resulta em um problema de saúde pública. Portanto, traz uma problemática que afeta diversos aspectos da vida do indivíduo, o que impacta diretamente na sociedade de forma legal, política e econômica (23).

Sabe-se que a Cannabis é uma planta (figura 1) que têm muitas denominações, popularmente conhecida como maconha, este termo foi utilizado por angolanos e por escravos no Brasil (10) – é muito cultivada devido a suas fibras, para fazer cordas e tecidos. A planta possui uma resina que ficou bastante conhecida por ser psicoativa (26). Por muitos anos a Cannabis foi utilizada para tratamentos medicinais e o seu uso como medicamento diminuiu no mundo por volta do século XX com a descoberta de drogas mais seguras e eficazes para os tratamentos e nessa mesma época a C. sativa passou a ser usada exclusivamente como uma droga de abuso, sendo a droga ilícita mais experimentada no Brasil (13) e também no mundo através de dados de 2016 da Organização Mundial da Saúde (OMS) que constata mais de 180 milhões de usuários dessa substância ilícita. (24). Tornou-se mais comum o uso da maconha de forma fumada, mas também ela pode ser ingerida (26). A Cannabis da espécie sativa contém diversos compostos, apresenta como principais substâncias, o delta-9-tetra-hidrocanabinol ou tetraidrocanabinol sendo um alucinógeno (abreviado para delta-9-THC ou THC) e o canabidiol que são conhecidos canabinoides (10), ilustrados na figura 2. Assim como o álcool, a Cannabis sp. atua no sistema nervoso e produz alterações nas sensações e comportamento. Contudo, seu uso sempre foi associado com a

A Influência do Uso da Maconha (Cannabis sativa) no Agravamento de Doenças Psiquiátricas descontração, aumento da sociabilidade, bem-estar e diminuição da ansiedade, fazendo com que muitas pessoas procurem a droga. (24).

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Figura 1– A planta Cannabis sativa. Fonte: Morais & Casas, 2020.

 

Figura 2 – Fórmulas moleculares. Fonte: Furian.

 

Por muito tempo se acreditava que a maconha não tivesse efeitos prejudiciais duradouros, o que criou uma crescente movimentação para a legalização e vem ficando cada vez mais claro que ela não é tão inócua assim. (11). Através de pesquisas é comprovado que em usuários crônicos o THC pode permanecer no organismo de 3 a 5 dias e esses usuários ficam com uma quantidade considerável da substância no tecido adiposo. O consumo elevado de drogas vem acompanhada de sua legalização, portanto, um risco maior de dependência. As pessoas encaram a maconha como uma droga leve, mas ela passou a ser mais perigosa nos últimos tempos devido ao aumento de sua concentração (13). Para algumas pessoas acaba sendo a porta-de-entrada de outras drogas mais pesadas (10).

As primeiras evidências destacam que o uso da maconha pode provocar quadros psicóticos (perda de contato com a realidade) passageiros, agudos e crônicos (11), já que o THC traz alucinação e paranoia (10). Além desses quadros, estudos com as populações mostraram que quanto mais cedo uma pessoa começa a usar a droga, maior é a chance de ela desenvolver quadros psicóticos permanentes, como a esquizofrenia (11). Diversos estudos epidemiológicos têm comprovado que pessoas com transtornos mentais graves estão mais propensas a fazer uso, abuso e dependência de substâncias psicoativas - especialmente a Cannabis - quando comparados à população geral. (4).

O primeiro responsável pelos efeitos psicoativos de alteração da consciência é o THC (tetraidrocanabinol) - os principais efeitos da maconha são relaxamento, euforia, alterações sensoriais e déficits de memória. Os canabinoides presentes na Cannabis sativa podem atrapalhar a organização do cérebro de forma cognitiva principalmente durante o período de desenvolvimento, relacionado a adolescência, as consequências do uso contínuo e prolongado da droga mostram diversas evidências indicando a existência de uma relação entre o consumo dela e o desenvolvimento de transtornos psicóticos, é por isso que fumar maconha na adolescência pode ser muito mais danoso do que fumar adulto. (24).

É importante ressaltar que os problemas causados pela maconha dependem da frequência, intensidade e idade de início do uso dela, além de fatores genéticos e ambientais. Contudo, apesar de muitas vezes o uso da Cannabis parecer atraente no mundo cinematográfico, não existem mais dúvidas que seu uso pode provocar transtornos mentais, às vezes passageiros, às vezes permanentes (11).

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2.Justificativa

A maconha é muito defendida e vista como inofensiva principalmente pelos adolescentes, mas o seu uso por conta de a planta ter uma substância psicoativa, pode prejudicar o desenvolvimento cerebral principalmente, no crescimento, o que está relacionado a transtornos psiquiátricos como a ansiedade, pânico, depressão, psicose, delirium, esquizofrenia, dependência química e as crises de abstinência. Além de afetar a parte cognitiva também afeta a motora. Em pessoas com a pré- disposição ou que já possuam doenças psiquiátricas pode piorar o quadro clínico agravando os sintomas e tendo efeitos negativos no seu uso. Acredita-se que a maconha, assim como o álcool que é uma das drogas mais consumidas, são portas de entrada para substâncias mais pesadas e danosas. “O melhor argumento contra as drogas são as evidências científicas” 13.

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3.Objetivo Geral

Trazer informações sobre como o uso da Cannabis pode causar e piorar doenças psiquiátricas com enfoque na dependência química, depressão e esquizofrenia.

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4.Objetivos Específicos

Os objetivos específicos estão a cerca de trazer informações da planta Cannabis sativa; as consequências do uso precoce da Cannabis: físicos e químicos; determinar os padrões de uma dependência química; conhecer os efeitos cerebrais do uso da maconha; procurar descrever a depressão e a esquizofrenia e enfatizar como indivíduos com pré-disposição a doenças psiquiátricas como a depressão e esquizofrenia podem desenvolver essas doenças com o uso da Cannabis.

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5.Metodologia

Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica com a abordagem descritiva e explicativa por meio de buscas em bases de dados SCIELO, USP, UFRGS, buscas em livros na Biblioteca da CNEC de âmbito científico. A pesquisa foi realizada com base nos trabalhos publicados em 2006 até 2023, foram selecionadas e utilizadas as palavras chaves nos idiomas português e inglês como: maconha, Cannabis, drogas, abuso de substâncias, doenças psiquiátricas e esquizofrenia. Definidos os critérios de inclusão, que sucederam na utilização de artigos e materiais de fontes confiáveis limitado ao tema, pesquisando através dos títulos relacionados ao tema. Os critérios de exclusão em relação as palavras chaves foram desconsideradas em outros idiomas que não fosse português e inglês, bem como, os artigos selecionados - definidos de acordo com a análise dos artigos com assuntos não relacionados ao tema ou que não se apresentava de forma clara e compreensível.

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4.Resultados e Discussão

A maconha tem o efeito tóxico que afeta a psique e o corpo (tabela 1). Em doses baixas torna-se eufórica ou depressora e nas doses altas pode provocar alucinações, paranoias e pânico a depender do organismo da pessoa. Já os efeitos crônicos afetam coração, pulmão e o cérebro diretamente (10). Segundo Seibel (20), um psiquiatra doutor em saúde mental e pesquisador, as substâncias ou drogas psicoativas têm a capacidade de modificar o estado de consciência do indivíduo.

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Tabela 1 – Associação de Transtornos Psiquiátricos e a Cannabis.

Fonte: Araújo et al., 2019.

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Decorrente do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD, 2012), a Cannabis é a substância ilícita com a maior predominância de uso no Brasil. Existem evidências que o seu uso precoce está associado com maior probabilidade do uso crônico, abusivo e dependência, além dos efeitos sistêmicos, logo não se trata de uma droga inofensiva. A planta Cannabis sativa tem mais de 500 compostos, incluindo 100 canabinoides. Foram caracterizados em dez subclasses, com inclusão dos delta-9-tetraidrocanabinóis – princípio consequentes pelos efeitos psicoativos da planta, e sete subclasses chamadas canabidióis. A Cannabis é normalmente usada em sua forma de fumo, mas também há outras formas de inalação, como na forma de bebidas ou chás, brownies, brigadeiros com maconha (2).

A figura 3, demonstra a prevalência de experimentação e uso de maconha no Brasil no ano de 2012. No gráfico é possível analisar que entre adolescentes pelo menos 4% utilizaram da droga e entre adultos o valor quase dobra com 7% que já experimentam a substância.

Figura 3 – Prevalência de experimentação e uso de maconha, no ano de

2012, no Brasil. Fonte: Araújo et al., 2019.

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A propensão ao uso da droga fumada em comparação com o uso oral ou tópico pode acarretar biodisponibilidade superior e início relativamente rápido dos efeitos. A composição da droga disponível em sua forma comercial mudou consideravelmente nos últimos anos, já que teve o aumento da potência da principal substância, o THC (tetraidrocanabinol) (2). Em consumidores crônicos e diários, o organismo fica sem indícios do THC (tetraidrocanabinol) depois de 19 a 27 horas, em usuários que não são crônicos, de 50 a 57 horas. Existem certos exames capazes de detectar a quantidade da droga na urina, além do exame de sangue que é possível detectar se a maconha foi usada (13). Doses inaladas de 2-3 mg de THC e doses ingeridas de 5-20 mg de THC são capazes de causar danos a atenção e memória. As doses maiores de 7,5 mg inaladas em adultos podem acarretar sintomas graves, como hipotensão, pânico, ansiedade, delirium, depressão respiratória e ataxia (comprometimento da coordenação motora) (ARAÚJO et al., 2019).

O THC (tetraidrocanabinol) e o CBD (canabidiol) são substâncias importantes, que apresentam efeitos antagônicos. A identificação das substâncias levou ao descobrimento de um sistema neurotransmissor importante, chamado sistema endocanabinoide (2).

No primeiro estágio da intoxicação aguda, usuários que utilizam de forma recreacional a maconha, apresentam quadros de euforia, com alterações de percepção, como a disformidade temporal e espacial, e o aumento de experiências sensoriais comuns e compromete a parte motora. Os efeitos da intoxicação por Cannabis nem sempre levam ao prazer do usuário, pois podem levar a reações psicológicas desagradáveis, como o pânico, medo ou até mesmo depressão. No decorrer da adolescência o cérebro sofre várias mudanças, e é um dos órgãos que continua a evoluir até os 25 anos, por esse motivo deveria estar protegido sobre qualquer contato com drogas, já que elas têm a capacidade de interferir em sua neuroplasticidade. O córtex pré-frontal é uma das áreas do cérebro que se encontra em processo de amadurecimento ao longo da adolescência, essa é a região do cérebro que permite avaliar situações, tomar decisões sólidas e manter nossas emoções, desejos e impulsos sob controle. A inserção de drogas psicoativas nos circuitos imaturos, durante o tempo que o cérebro está se desenvolvendo, pode levar a consequências intensas e duradouras para a vida do sujeito. As drogas ilícitas, como a maconha, atingem os circuitos cerebrais que são importantes no processo de aprendizagem e memória, recompensa, tomada de decisão e no controle dos impulsos e comportamento, todos fazem parte do desempenho no que desrespeito ao amadurecimento (2).

A intoxicação em sua forma aguda afeta o coração e sistema vascular, levando a taquicardia induzida e hipotensão postural, podendo acarretar no quadro de artrite periférica, semelhante à tromboangeíte obliterante causada pelo tabaco, e que leva a amputação de dedos e membros (2). Ocorre disfunções hormonais, como a diminuição da testosterona, tendo como consequência principal a diminuição da libido masculina, além de alterações nos hormônios luteinizante prolactina, modificações no período ovulatório e menstrual (25).

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Toxicocinética

A absorção pulmonar do THC (tetraidrocanabinol) ocorre de maneira muito rápida, devido à anatomia do pulmão, como uma extensa área da superfície alveolar, grande rede capilar e fluxo sanguíneo. O canabidiol é facilmente identificado no plasma logo após a primeira tragada. As características da planta influenciam na quantidade de material psicoativo absorvido, através das condições de cultivo e o modo de preparo. Por conta das propriedades físico-químicas, o THC se espalha rapidamente para os tecidos com alta vascularização como o cérebro, fígado, pulmões, como principais. A concentração do THC é elevada no intestino delgado, porém, sua biodisponibilidade é baixa por conta da grande biotransformação hepática em função da primeira passagem pelo fígado e a degradação do tetraidrocanabinol em decorrência do meio ácido do estômago e dos microrganismos presentes no trato gastrointestinal. No plasma, o THC é transformado em um metabólito mais ativo chamando 11-hidroxi-delta-9-tetra- hidrocannabinol (11-OH-THC) (figura 4), capaz de produzir efeitos equivalente aos dos compostos de origem. (10). Segundo Gonçalves e Schlichting (10), estudos identificaram que o 11-OH-THC transpassa de forma mais rápida a barreira hematoencefálica, pois possui mais afinidade para ligar-se com albumina plasmática enquanto o THC liga-se com as lipoproteínas principalmente de baixa densidade (LDL), uma parte menor se conecta a albumina ou células sanguíneas. Logo é distribuído nos adipócitos, fígado, cérebro e no rim – o acúmulo na gordura prova que o THC tenha uma meia vida de 30 horas (19). O THC pode ser 70% excretado em até 72 horas, podendo se estender em até 7 dias para o restante da substância ser eliminada do organismo, quando o THC é transformado no plasma em 11-OH-THC, ocorre a oxidação da substância através da conjugação com o ácido glicurônico é excretado na urina e nas fezes.

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Figura 4– Fórmula molecular 11-hidroxi-delta-9-tetra-hidrocannabinol. Fonte: Aloha Green Apothecary.

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Figura 5 – Toxicocinética do THC. Fonte: Hernandez et al., 2013.

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Toxicodinâmica

Quando a maconha é fumada, o THC passa de forma instantânea para a corrente sanguínea e atingindo os centros cerebrais em alguns minutos. O uso pela via oral, através da fumaça causa uma elevação rápida na pulsação cardíaca e xerostomia (boca seca), em decorrência do bloqueio de alguns receptores de acetilcolina por parte do delta-9-THC. O cérebro humano contém em seus neurônios sítios específicos para se comunicar com o THC, os receptores canabinoides – tem como função obter o princípio ativo da planta, proporcionando ações no sistema nervoso (10).

A atividade do THC no sistema nervoso central consiste como uma fixação nos receptores canabinoides situados no hipocampo, córtex e cerebelo pertencendo aos receptores inibitórios ligados às proteínas-Gi. Esses receptores que têm uma especificidade para o tetraidrocanabinol e seus metabólitos são os canabinoides CB1 e CB2, localizados nas membranas pré-sinápticas que interfere diretamente os sistemas de neurotransmissores como: GABA, glutamato, noradrenalina, serotonina e dopamina (OGA, 2014). Primeiro ativa-se as proteínas-Gi, que são as primeiras substâncias no método de transdução de sinais, o que leva a modificações em vários componentes intercelulares (10). Como é possível ver na figura 7 a ação da droga no Sistema Nervoso Central (SNC), o THC se conecta aos receptores canabinoides, presente no SNC. O Sistema Nervoso Central é dividido por hipotálamo, gânglios da base, amígdala, tronco encefálico, medula espinhal, neocórtex, hipocampo e cerebelo e cada região dessa a maconha ela pode atuar positivamente ou negativamente.

Os receptores canabinoides (CB1 e CB2) estão presentes na membrana celular, onde estão ligados às proteínas-Gi e à enzima adenilato-ciclase (AC), resultando em um efeito inibitório. Logo depois, os receptores quando interagem com ligantes endógenos são ativados, como anandamida ou THC, e em seguida, várias reações ocorrem, como a inibição da AC, a diminuindo a produção de AMPc; a abertura dos canais de postássio (K+), tendo a diminuição da transmissão de sinais e fechamento dos canais de cálcio (Ca+2), acarretando a redução na liberação de neurotransmissores. (10).

 

Figura 6 – Toxicodinâmica do THC. Fonte: Hernandez et al, 2013.

 

Figura 7 - A ação da Maconha no SNC. Fonte: Nicoll & Alger, 2006.

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Efeitos da Maconha

O efeito tóxico da maconha pode provocar a psicose aguda e a produção intensificada de curto prazo de doenças psicóticas preexistentes, como a esquizofrenia, em muitos indivíduos. Sintomas psiquiátricos incluem despersonalização, medo de morrer, pânico irracional e ideias paranoicas. Os efeitos adversos habituais ao uso da droga, além da dependência e da intoxicação aguda, abrangem déficit na aprendizagem, risco de acidentes automobilísticos, disfunção respiratória, problemas cardiovasculares, complicações na gravidez, e um conjunto de decorrências à saúde (2).

Indivíduos que utilizam a maconha retem a fumaça por um tempo maior nos pulmões do que os que são fumantes de cigarro comum, podendo facilitar o surgimento da irritação dos órgãos e o desenvolvimento de um câncer (13) - segundo, os autores Laranjeira, Jungerman e Dunn (13), “a fumaça da maconha tem 50% mais substâncias cancerígenas.”

Existem efeitos adversos crônicos psicológicos da C. sativa que estão relacionados ao uso abusivo da droga, caracterizando-se por uma dependência química, quando não há a capacidade de controlar ou se abster do uso; a diminuição cognitiva, podendo ter melhora ou não após abstinência prolongada (13).

As consequências predominantes do uso da maconha, estão associados ao consumo e abuso de substâncias que definem a necessidade do organismo a essas drogas em adicção, já que essas substâncias levam a uma dependência física e psicológica, caracterizando-se por 3 sintomas como: a tolerância, abstinência, isolamento social, entre outros. Pesquisas realizadas em humanos e animais, chegaram à conclusão de que o sistema dopaminérgico é o alvo central das drogas de abuso, capazes de estimular a liberação muita quantidade da dopamina no córtex pré-frontal, proporcionando uma sensação de prazer. As drogas permanentes desencadeiam no cérebro a tolerância, de forma que a dose para obter os efeitos esperados, requer um aumento maneira gradativa, ocasionando um problema à saúde, por conta dos efeitos adversos de altas concentrações no corpo. A C. sativa, pode levar a dependência química e apesar da manifestação de uma crise de abstinência em relação a substância ser de forma modesta causam sintomas de inquietação, irritabilidade, insônia, entre outros (25).

Como é possível analisar na Tabela 2, há uma comparação sobre os principais efeitos agudos e crônicos que a maconha pode causar no indivíduo. O primeiro comparativo são os efeitos do sistema geral - de forma aguda: que podem causar relaxamento ou euforia, pupilas dilatadas, olhos vermelhos, boca seca, entre outros e crônica: fadiga crônica, náusea crônica, dor de cabeça, entre outros; o segundo comparativo é a parte neurológica em sua forma aguda: podendo levar ao comprometimento da capacidade mental, coordenação motora alterada, dentre outros e crônica: a diminuição da coordenação motora, alteração da memória e da concentração, por exemplo e o terceiro comparativo é relacionado a psique do usuário em sua forma aguda: que pode acarretar na ansiedade, alucinação, entre outros; e de forma crônica: podendo levar a depressão, mudanças rápida de humor e tentativas de suicídio, como principais.

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Tabela 2 – Principais efeitos do uso agudo e crônico da maconha.

Fonte: Adaptado de Laranjeira et al, 2012.

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Já na figura 8 há um detalhamento representado pelo corpo humano, sobre como a Cannabis pode trazer efeitos tanto positivos quanto negativos e é possível constatar mais problemas negativos para a saúde do que positivos. Tendo 13 efeitos negativos representados em vermelho e 7 efeitos mais ou menos positivos representados de verde e amarelo. Os em amarelo são os efeitos que podem ser positivos ou negativos, dependendo do organismo do indivíduo, enquanto os de verde demonstram os efeitos positivos.

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Figura 8 – Efeitos positivos e negativos do uso da maconha. Fonte: Araújo et al, 2019.

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Canabinoides

Os CBDs possuem características ansiolíticas que combatem os efeitos do THC. Em humano, foram verificados dois receptores de canabinoides, os CB1 e CB2, que são ativados pelos dois endocanabinoides endógenos (anandamida e 2- araquidonilglicerol), além de diversos canabinoides exógenos. Os CB1 são majoritariamente localizados em neurônios do sistema nervoso central (SNC) (figura 9), onde os efeitos no que se refere a psicogenia da maconha e são identificados na inervação autônima do músculo liso das vias áreas, já os receptores CB2 estão localizados sobretudo nas células do sistema imunológico (2). A droga em questão, é capaz de provocar alterações consideráveis no eletroencefalograma e no fluxo de sangue do cérebro (13). Os endocanabinoides expressam múltiplas seletividades para o CB1 e CB2, ativando ou bloqueando o receptor canabinoides oportuno. A relevância do dos circuitos cerebrais que envolvem a anandamida (e outros ligantes canabinoides endógenos) justifica-se pelo fato dos circuitos serem elementos fundamentais que regulam funções específicas do cérebro, como o humor, memória e cognição (10).

Figura 9 – Sistema endocanabinoide. Fonte: Dias, 2023.

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Maconha e Tabaco

Através da combustão de matéria orgânica vegetal ocorre uma complexa mistura de substâncias químicas na qual a composição e concentrações percentuais dependem de variáveis. Mediante ao estudo realizado foi possível descobrir que em uma comparação como o tabaco o fumo da maconha contém diversos componentes químicos ocasionado pela combustão do fumo do tabaco. Ao avaliar os riscos para resultados adversos a semelhança se faz mais importante nas diferenças de determinadas substâncias. A partir de um meio quantitativo, diversos produtos químicos estavam presente no fumo da maconha em nível predominantemente maior do que os encontrados na fumaça do tabaco (2).

Certas substâncias, como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) – formaldeído (CH2O), acetaldeído (C2H4O) e resorcinol (C6H6O2) – foram achados em níveis mais elevados do que no tabaco. Óxido de nitrogênio (NO), cianeto de hidrogênio (HCN) e aminas aromáticas estavam contidos no fumo de maconha em níveis entre 3 e 5 vezes maiores do que na fumaça do tabaco, entretanto a amônia estava presente em níveis 20 vezes superiores, é possível analisar através da representação da figura 10. (2).

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Figura 10 – Maconha x Tabaco. Fonte: Autor Próprio.

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A exposição de forma passiva ao fumo da maconha traz possíveis efeitos psicoativos, capaz de positivar nos testes para detectar o THC em indivíduos que foram expostos à fumaça da maconha. A relação entre os fatores ambientais se dá pela concentração de fumaça, ventilação, volume do ar, quantidades de cigarros de maconha acesos e de fumantes. Através de estudos realizados mostrou-se que indivíduos que não fumam a maconha, ao permanecerem em um ambiente com usuários da planta com alta concentração de THC, manifestaram efeitos leves da droga e comprometimento leve na realização de tarefas motoras. Porém, foi possível analisar que durante uma hora de exposição em um ambiente fechado, os não fumantes com a exposição alta da concentração do THC apresentaram testes de urina positivos. Os efeitos cognitivos e psicossociais evidenciam a associação entre o consumo da Cannabis e o dano cognitivos da aprendizagem, desenvolvimento, memória e atenção (em seu uso agudo) (2).

O desenvolvimento do transtorno de abuso de substância pode se dar de forma potencial pela doença mental. Através de pesquisas foi possível constatar que pessoas com risco de ter transtorno de saúde mental, podem ser mais predispostas a usarem drogas como forma de se automedicar - o uso de substâncias psicoativas pode ser um fator considerável para desenvolver transtornos mentais (2).

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Dependência Química

A dependência química é uma desorganização crônica que se caracteriza pela fissura em buscar e usar a droga, que a pessoa perde total controle e o principal objetivo é a busca do prazer de uma forma negativa. De acordo com Andrade et al. (1) existem alterações de mecanismos neurais a partir de fatores sociais, psicológicos e neurobiológicos. Além do mais a drogadição é a transição entre o uso da droga em sua forma recreativa, a forma de consumo e o uso abusivo. Esse é um processo no qual vira hábito, até a perda total de controle. (1) Segundo a síntese das evidências coletadas por Araújo et al. (2) “o uso da maconha pode levar ao desenvolvimento da drogadição, denominado “transtorno de uso da maconha”, que assume a forma de dependência química em casos graves”. Dados com menos de 10 anos do National Institute on Drug Abuse (NIDA) (2017), preconiza que 30% dos usuários de maconha podem apresentar algum grau de dependência. O uso da droga antes da maioridade tem um aumento de quatro a sete vezes o risco de acarretar um uso problemático em relação ao risco em adultos. Os transtornos do uso da droga geralmente estão relacionados à adicção, quando o indivíduo sente sintomas de abstinência quando não está usando a Cannabis. As pessoas que utilizam essa substância psicoativa revelam a frequência da irritabilidade, alterações de humor, dificuldade de dormir, diminuição do apetite, ansiedade, inquietação além de várias formas de desconforto físico que atingem o ápice na primeira semana logo após a interrupção da droga, podendo durar até 2 semanas (2).

A dependência química de maconha acontece quando o cérebro se adapta a grandes quantidades do THC, diminuindo a produção e a percepção aos próprios neurotransmissores endocanabinoides. As pesquisas vêm mostrando que a dependência da droga em relação aos seus usuários é real – um em cada dez usuários da substância irá se tornar dependente e os que começam antes dos 18 anos de idade, aumenta de um em cada seis. Os aspectos que podem atrapalhar a vida da pessoa podem ser identificados por alguns sinais, como: a perda de compromissos por conta do uso, esforços fracassados na tentativa da interrupção do uso da droga, a utilização da droga mesmo ciente dos problemas que ela causa (2). A adicção à maconha pode levar um maior risco dos efeitos negativos de seu uso. Em relação a adicção existe uma Classificação Internacional de Doenças (CID-10) como: o desejo ou compulsão para usar a droga; o difícil controle do comportamento em consumir a substância ao iniciar, terminar ou em quantidade; Abstinência fisiológica, quando a substância já saiu do organismo ou diminuiu o efeito da droga, sendo caracterizado por: síndrome de abstinência específica para a substância com a pretensão de aliviar os sintomas de abstinência; a evidência de tolerância, o aumento considerável da substância, afim de se obter o efeito inicial; o abandono de prazeres alternativos em troca da dedicação pela droga e a persistência ao uso da substância psicoativa (23).

As características de um usuário em relação a dependência no Brasil são relatadas na figura 11, divido em adolescentes e adultos entre 18 e 77 anos em 2012. Em nível comparativo e estatisticamente os adultos apresentam números maiores que os adolescentes, principalmente, no primeiro (“já achou que o uso estava fora de controle”) e quinto (“acha difícil ficar sem maconha”) item, porém no sexto (“já tentou parar e não conseguiu”) item os adolescentes ultrapassam os adultos.

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Figura 11 – Características da dependência dos usuários de maconha no Brasil. Fonte: Araújo et al., 2019.

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Nos últimos anos o aumento da concentração do THC faz com que a droga tenha um efeito mais forte no cérebro, nos anos 90, a média de THC na maconha era de aproximadamente 3,8% e em 2014 foi para 12,2% (2). Depressão

Existe a possibilidade através do uso da Cannabis de desenvolver também os transtornos depressivos, que podem aumentar com a frequência do uso – tal fato, pode se dar pelo sistema endocanabinoide no controle do humor e do afeto (2). A clínica da depressão é caracterizada por mudanças de humor, o desenvolvimento das capacidades mentais, cognição. Em relação ao humor, o sintoma presente é a tristeza, melancolia ou irritabilidade. O paciente tem tendência a apresentar desesperança, pessimismo, apatia, angústia, ansiedade, “sofrimento de dor psicológica” (6). Além de poder apresentar também sentimento de baixa autoestima e anedonia. O paciente no geral, lamenta de insônia ou hipersonia, aumento ou diminuição do apetite, taquicardia, tremores, sudorese e a diminuição da libido. O transtorno depressivo se expressa da interação de processos biológicos, psicológicos, ambientais e genéticos. (6)

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Esquizofrenia

Além da esquizofrenia que causa pensamentos, percepções, emoções, movimentos e comportamentos desconexos. Não é definida por uma única doença, o desenvolvimento da doença é de pluralidades e sintomas divergentes, é uma doença que pode ser controlada através de fármacos. A esquizofrenia costuma ser diagnosticada entre a adolescência e o indivíduo adulto (26). A esquizofrenia engloba todos povos e culturas, ela é uma das doenças mais incapacitantes. É divida em três grupos: 1) sintomas positivos, relacionado a fase aguda; 2) sintomas negativos, tem a ver com a falta das funcionalidades mentais de forma normal, está mais presente na fase crônica, mas também pode se manifestar na fase aguda; 3) transtornos das relações interpessoais, a manifestação se dá pela desordem na linguagem e comportamento (6). Os sintomas de esquizofrenia são delírios, alucinações, pensamento, fala e comportamento desorganizados, afeto hipomodulado, falta de decisão e retração ou desconforto social (26). A continuação dos sintomas negativos ao longo da doença, leva a dificuldade de recuperação e melhora na vida do indivíduo (26).

Há evidências sobre o uso da maconha em algumas pessoas que têm a esquizofrenia ser maior do que na população em geral. Um estudo recente relatou que usuários da substância psicoativa (Cannabis) portadores da variante específica do gene AKT1 (“codifica uma enzima que afeta a sinalização de dopamina no estriado”) tem uma possibilidade maior de desenvolver psicose. Segundo Araújo et al (2) o corpo estriado (é um dos núcleos da base do diencéfalo. Que é formado pelo núcleo caudado e núcleo lentiforme, que é o conjunto do putâmen e do globo pálido – que fazem ligação com o córtex cerebral (figuras 12 e 13) é uma área do cérebro ativada e inundada com dopamina quando certos estímulos estão presentes. Através de estudos foi encontrado um aumento do risco de psicose em adultos que usaram a Cannabis na adolescência e tinham uma variante do gene para o catecol O-metiltransferase (COMT), que é uma enzima que degenera neurotransmissores como a dopamina e norepinefrina. A maconha traz a piora da doença em pacientes já possuíam o diagnóstico de esquizofrenia, podendo também desenvolver uma reação psicótica aguda em indivíduos que não tem a esquizofrenia, principalmente em dosagens altas, porém o efeito cessa à medida que a droga sai do organismo (2).

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.Figura 12 – Núcleos da base do cérebro. Fonte: Seif, 2021.

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Figura 13 – Núcleos da base do cérebro: corte coronal. Fonte: Fundamentos em Bio-Neuro Psicologia PUC-Rio.

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5.Conclusão

Assim finalizo concluindo que a utilização da maconha de forma recreativa, tem o consumo proibido por lei por ser uma droga ilícita. A utilização terapêutica deve ser limitada e acompanhada, já que foi possível analisar que a substância psicoativa leva a mais efeitos negativos do que positivos, principalmente, a respeito de transtornos – na adolescência pode levar a problemas irreversíveis e crônicos; ocasionar doenças psiquiátricas como a depressão e esquizofrenia. Ressaltando que o uso da Cannabis sativa de forma recreativa, representa um risco à saúde pública; donde realmente conclui-se que influência do uso da maconha (Cannabis sativa) proporciona o agravamento de doenças psiquiátricas.

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6.Declaração de direitos ​​ 

O(s)/A(s) autor(s)/autora(s) declara(m) ser detentores dos direitos autorais da presente obra, que o artigo não foi publicado anteriormente e que não está sendo considerado por outra(o) Revista/Journal. Declara(m) que as imagens e textos publicados são de responsabilidade do(s) autor(s), e não possuem direitos autorais reservados à terceiros. Textos e/ou imagens de terceiros são devidamente citados ou devidamente autorizados com concessão de direitos para publicação quando necessário. Declara(m) respeitar os direitos de terceiros e de Instituições públicas e privadas. Declara(m) não cometer plágio ou auto plágio e não ter considerado/gerado conteúdos falsos e que a obra é original e de responsabilidade dos autores.

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CNEC, Rio das Ostras, Brasil.


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