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VOLUME 2, NÚMERO 1, JANEIRO DE 2019

ISSN: 2595-8402

DOI:​​ 10.5281/zenodo.2554053

 

 

JOGOS DIDÁTICOS VOLTADOS PARA O ENSINO DE FÍSICA: CORRIDA DE LATAS ELETROSTATICAMENTE MÓVEIS

 

Sibele​​ Teixeira Peres1, Elizabete​​ Porto Pacheco1,​​ Carlos Eduardo​​ Lorenzo Diaz de Oliveira1, William Borges Eslabão1,​​ Daniel​​ Souza Cardoso1

 

1Instituto Federal Sul Rio-grandense, Campus CaVG, Pelotas – RS, Brasil

sibelesvp@hotmail.com

 

RESUMO

Considerando​​ as orientações curriculares para o Ensino Médio, desenvolveu-se uma atividade didática para o ensino de Física. A prática pedagógica buscou o lúdico no ensino de eletrostática por meio de jogos didáticos, sem a finalidade de estimular a competição ou ranking acadêmico. A atividade denominada “Corrida de latas eletrostaticamente móveis” buscou contribuir para​​ o ensino de eletrostática previamente introduzido na amostra de alunos, reforçando a aprendizagem numa experiência divertida.​​ 

Palavras​​ chave: ​​ Ensino de Física, Eletrostática, prática pedagógica, jogos didáticos.

 

1​​ INTRODUÇÃO

A disciplina de Física é uma das componentes curriculares do eixo das Ciências da Natureza. Na Educação é uma disciplina que demonstra dificuldades da aprendizagem e conseqüente​​ desinteresse por parte do aluno, pois normalmente utiliza-se apenas o livro, o caderno e o lápis​​ [4].​​ Segundo Peres [3], numa análise das dificuldades encontradas no cotidiano de alunos do ensino médio, entender a teoria e aplicar fórmulas representam 44,44% das dificuldades relatadas pelos alunos da amostra. Com o objetivo de utilizar ​​​​ jogos em práticas didáticas​​ para ensinar Física, tornando o ensino lúdico com materiais de fácil acesso para os professores e contextualizar os conteúdos ensinados em sala de aula com o nosso cotidiano.​​ 

Segundo as Orientações Curriculares do Ensino Médio, os jogos e brincadeiras são elementos muito valiosos no processo de apropriação do conhecimento. Permitem o desenvolvimento de competências no âmbito da comunicação, das relações interpessoais, da liderança e do trabalho em equipe, utilizando a relação entre cooperação e competição em um contexto formativo​​ [1].

O jogo, como estratégia didática, é uma importante ferramenta educacional que pode auxiliar o trabalho pedagógico em todos os níveis de ensino e nas diversas áreas do conhecimento, tanto em sala de aula, quanto em atividades extraclasse. Atividades envolvendo jogos facilitam, de forma divertida e prazerosa, o entendimento de conteúdos considerados de difícil aprendizagem [2].

As atividades foram realizadas no Colégio Municipal Pelotense, com alunos do Ensino Médio num sábado temático da área das Ciências da Natureza. Esta é uma das maiores escolas públicas da América Latina, possuindo uma vasta área construída, onde encontra-se salas de aulas, auditórios, área de esporte e diversos laboratórios de ensino, dentre estes um destina ao estudo de Física.

 

2 METODOLOGIA

O jogo “Corrida de Latinhas Eletrostaticamente Móveis” é um jogo que engloba a parte experimental e perguntas - respostas. A parte experimental está relacionada a os processos de eletrização abordado de forma lúdica, o qual era necessário o aluno realizar o processo de eletrização por atrito, para avançar para a próxima etapa a de perguntas- e respostas. Vencendo o jogo a equipe que habilidade conseguisse realizar as duas etapas mais rapidamente.

O jogo foi desenvolvido em uma turma do 3º ano do Ensino Médio, do Colégio Municipal Pelotense, pelos alunos do PIBID da Licenciatura de Física do IFSUL – Pelotas, campus Visconde da Graça.O conteúdo das perguntas foi relativo o conteúdo do 3º ano do Ensino Médio, as questões foram extraídas do livro didático de Física do Ensino Médio de Alberto Gaspar.

 

 

3RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para iniciar a atividade, a turma foi dividia em dois grandes grupos, após eram convidados um aluno de cada equipe para participar da corrida. Uma pista de corrida foi sinalizada com fita adesiva na classe do professor. ​​​​ Os alunos recebiam um bastão de PVC, um pedaço de tecido e uma latinha de refrigerante vazia. (conforme figura 1) Posicionavam-se no início da pista previamente demarcada, ao sinal eletrizavam o bastão e começavam a corrida. O primeiro a chegar ao final da pista escolhia um envelope que com questão, se respondia corretamente marcava ponto para sua equipe. Após era convidado mais 2 alunos participarem da atividade e assim sucessivamente.

 

Figura 1 -​​ Organização dos materiais.​​ FONTE: Disponibilizada pelos autores

 

Ao propor a utilização do jogo como uma atividade de revisão dos conteúdos foi observado que os alunos se mantiveram interessados e motivados a participarem do jogo. Outro aspecto que podemos ressaltar é a interação com outro aprendendo a lidar com os resultados independentes de quais sejam. Os resultados alcançados podem ser atribuídos aos aspectos positivos com relação a aplicação dos jogos didáticos como o fator lúdico.

 

4​​ CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização de jogos didáticos como prática complementar os métodos “tradicionais” de ensino.Oportuniza aos alunos uma atividade diferenciada que contribui para os melhores resultados no seu processo ensino – aprendizagem.Como aspecto positivo do jogo na Física observa-se a dimensão lúdica como processo capaz de amenizar uma das maiores preocupações dos professores desta área em relação aos alunos, ou seja, a mudança de atitudes no que diz respeito à Física para torná-las mais positivas.

 

5​​ REFERÊNCIAS​​ BIBLIOGRÁFICAS​​ 

  • BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio: volume 2​​ – Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasília: ME/SEB, 2006. Disponível em: . ​​​​ Acesso em: 28/08/2016.

  • MIRANDA, S. No fascínio do jogo, a alegria de aprender.​​ Ciência hoje. Belo Horizonte, v. 28, n. 168, p. 64-66, jan./fev. 2002.

  • PERES, Sibele TeixeiraNUNES, Luis Guilherme RibeiroDE OLIVEIRA, Carlos Eduardo Lorenzo DiazBRAGA, Tavane FerreiraBUSS, Cristiano da Silva. DIFICULDADES ENCONTRADAS PELOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NA DISCIPLINA DE FÍSICA. Revista Sociedade Científica, vol. 1, n. 2, p. 50-56, 2018.

  • SMOLE ,K.et al. Cadernos de Mathema. Grupo A. Porto Alegre. 2008.

 

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