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ISSN: 2595-8402

DOI: 10.61411/rsc72447

Publicado em 22 de novembro de 2023

REVISTA SOCIEDADE CIENTÍFICA, VOLUME 6, NÚMERO 1, ANO 2023

 

ACADÊMICOS DE MEDICINA DA UEM DISCUTEM SOBRE DOAÇÃO DE TECIDOS E ÓRGÃOS COM ALUNOS DE COLÉGIOS PÚBLICOS DE MARINGÁ-PR

 

Isadora Yumi Yokoyama Kaminata¹; Alyne Gabriele Barros de Oliveira²; Giovanna de Godoy Tavares3; Guilherme Augusto Guimarães Resende4; Juliana Corá da Silva5; Kamilly Vitória de Siqueira6; Lucas Vitalino7; Mariana de Oliveira Ripol8; Milena Babugia Pinto9; Thaís Fernanda Hachmann10; Júlia Regina de Andrade11; Cláudia Regina Pinheiro Lopes12; Carmem Patrícia Barbosa13

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1;2;3;4;5;6;7;8;9;10;11;12;13Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil

ra129017@uem.br  ​​​​ 

ra130203@uem.br

ra128143@uem.br

ra129062@uem.br

ra116545@uem.br ​​ 

ra128996@uem.br

ra131524@uem.br

ra128962@uem.br

​​ milenababugia@gmail.com

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ra123911@uem.br

crplopes2@uem.br

cpbarbosa@uem.br

 

 

 

RESUMO

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) promove a universalização do conhecimento científico e a capacitação prática de seus alunos por meio de incentivo à extensão universitária. O presente estudo é fruto de um projeto de extensão da UEM e visou democratizar o conhecimento produzido na universidade a alunos do ensino fundamental e médio de alguns colégios públicos de Maringá no que tange à doação de órgãos e tecidos. Apesar do país ser destaque na doação de órgãos, ainda apresenta uma das maiores lista de espera para transplante do mundo, evidenciando um cenário de desconhecimento da população sobre o tema. Assim, o foco da análise foi fornecer informação aos adolescentes afim de que os mesmos possam transmiti-las, fomentando a compreensão sobre o assunto. Para tanto, acadêmicos do curso de medicina da UEM ministraram palestras, confeccionaram banners e aplicaram questionários pré e pós explicações das atividades lúdicas desenvolvidas com os alunos do 6° ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio. Constatou-se que, após as explanações, houve mudança em relação aos aspectos avaliados, comprovando que de fato o processo educativo dinâmico une ensino e aprendizado ao cotidiano social por meio da vivência da realidade, promovendo conhecimento e mudanças de atitudes.

Palavras-chave: Conscientização sobre transplantação, extensão universitária, metodologia ativa, transplante de órgãos no Brasil.

 

1INTRODUÇÃO

O curso de medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi fundado em 19881 e atualmente apresenta nota 5 na avaliação do ENADE2, sobressaindo-se dentre as grandes universidades do país, estando na 14ª colocação no ranking geral3. O curso conta com diversos campos de estágio na rede municipal de saúde, além do Hospital Universitário Regional, ligas acadêmicas nas mais variadas áreas, bem como um mestrado profissional e residências médicas em mais de 10 especialidades2.

A formação acadêmica do curso também se destaca uma vez que a UEM valoriza e incentiva a extensão universitária com o propósito de difundir à sociedade os conhecimentos produzidos por meio de pesquisas científicas, tecnológicas e de produção cultural. Assim, a UEM promove a universalização e o aprimoramento da educação, bem como a capacitação profissional prática de seus acadêmicos4. Atualmente a UEM apresenta muitos projetos de extensão os quais seguem com rigor os critérios e orientações da Resolução nº 033/2017-CEP e envolvem diversos departamentos, com destaque aos de Medicina (DMD) e de Ciências Morfológicas (DCM)5. Tal fato é de extrema relevância, pois a extensão universitária permite a formação crítica, o amadurecimento e a formação cidadã dos discentes, sendo uma das bases do tripé acadêmico junto ao ensino e à pesquisa6. Neste contexto, o presente estudo foi proposto visando levar conhecimento científico a alunos do ensino fundamental e médio de colégios públicos de Maringá-PR, no que concerne à doação de tecidos e órgãos no Brasil e no mundo. A escolha por uma instituição pública considerou o comprometimento social de enfrentamento de exclusões e desigualdades que as instituições de ensino superior devem assumir.

A doação de órgãos (rins, coração, pulmões, pâncreas, fígado e intestino) e tecidos (córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias) no Brasil pode ser realizada hoje apenas após a autorização familiar7. Anteriormente, pela legislação de 1997 (Lei n° 9434, capítulo II, Artigo 4), todo cidadão era um doador potencial, devendo aquele que não quisesse doar, identificar em seus documentos pessoais ainda em vida. Países como França, Espanha e Bélgica ainda consideram todo cidadão como potencial doador8.

O Brasil é destaque mundial na doação de órgãos, ficando atualmente atrás somente dos Estados Unidos. Tal fato se deve à política do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por 88% dos transplantes nacionais9.No entanto, apesar de o Brasil ocupar esta posição de destaque, ainda tem uma das maiores listas de espera do mundo. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), em 2017 o Brasil teve 3.415 doadores efetivos e alcançou uma taxa de 16,6 doadores por milhão da população (pmp). A Espanha liderou com 46,9 pmp e os Estados Unidos teve 30,8 pmp. O Brasil realizou 8.642 transplantes e apresentou uma lista de espera com 32.402 pessoas10. Em 2019, o Paraná foi destaque nacional com média de doações de 41,1 pmp, tendo sido a média geral nacional de 17 pmp11.

O Paraná também se destaca em relação à doação de medula óssea, a qual pode beneficiar pessoas com leucemia, imunodeficiência, linfoma, mieloma múltiplo, aplasia de medula e várias outras doenças12. O Registro Nacional de Doadores Voluntários de medula óssea (REDOME), vinculado ao Ministério da Saúde, mostra que a região Sul é a 2ª maior doadora do Brasil, sendo o Paraná responsável pela maior parte deles. Entretanto, tem se notado um declínio em relação ao número de novos doadores cadastrados a cada ano e vale pontuar que, apesar de menores de 18 anos serem os maiores receptores de medula (5.569 inscritos no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea - REREME), os jovens são os que menos se cadastram para a doação13.No entanto, quando o perfil etário dos doadores de sangue é avaliado, 42% têm entre 18 e 29 anos, reduzindo a adesão à doação na população adulta/idosa14.

Este cenário evidencia a necessidade de aumentar a eficácia da doação no país. O desconhecimento de fatores importantes por parte da população é um dos agravantes e, por isso, ampliar o conhecimento relativo à doação é imprescindível. Gonçalves et al.15, por exemplo, mostraram que 80% da população não entende o significado de morte encefálica e acredita que é possível viver normalmente com tal condição clínica. Além disso, considerando que no Brasil a doação só pode ser realizada após a autorização familiar, o esclarecimento deve ser iniciado o quanto antes e propagado aos parentes e amigos próximos. Por isso, este estudo objetivou levar conhecimento científico atualizado a crianças e adolescentes e seus responsáveis, atenuando a desinformação, despertando o desejo de ser um doador em potencial, reduzindo o medo e aumentando o vínculo de adesão aos sistemas de transplante no Brasil.

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2METODOLOGIA

Como mencionado, este estudo é parte do projeto de extensão universitária “Anatomia da UEM vai à escola – o ensino do corpo humano contribuindo para hábitos saudáveis de vida”, o qual foi previamente aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em pesquisa com Seres Humanos sob o número 72936723.1.0000.0104. Para sua realização, inicialmente os alunos do curso de medicina da UEM foram apresentados aos objetivos do projeto e os critérios de inclusão dos selecionados incluíram o interesse pessoal, a disponibilidade de horário para participação e a intenção

voluntária. Após esclarecimentos, foram selecionados 9 calouros dentre os 40 aprovados no curso no período letivo de 2022.

Os discentes selecionados realizaram encontros semanais afim de definir as metodologias ativas a serem utilizadas para o desenvolvimento do projeto. Os mesmos estudaram e prepararam 2 banners acerca da doação de órgãos humanos no Brasil e no mundo (Figura 1) e, em parceria com o Hemocentro de Maringá, o tema “Aprendendo sobre Doação de Órgãos” foi abordado. Desse modo, os alunos do ensino fundamental e médio de alguns colégios públicos de Maringá-PR (na faixa de 12 a 18 anos de idade) puderam participar de atividades interativas com os discentes de medicina da UEM e receber instruções científicas fundamentadas na literatura atual, construindo conhecimento básico sobre o tema proposto.

Além disso, antes e após as explicações dadas pelos discentes da UEM e da prática de atividades lúdicas interativas, os alunos foram orientados a responder um questionário avaliativo contendo questões objetivas sobre os assuntos abordados. Tal fato objetivou avaliar quali-quantitativamente a capacidade de retenção de informações pontuais e imediatas por parte dos alunos, bem como avaliar a eficácia da metodologia ativa utilizada pelos discentes da UEM. Esta análise evidenciou, em porcentagem (distribuição relativa), a diferença entre as respostas dadas antes da explicação sobre doação de tecidos e órgãos e após tal explicação. As análises foram feitas por meio do programa GraphPad Prism9®. Vale pontuar que, para o preenchimento do questionário, os alunos maiores de 18 anos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e os alunos menores de 18 anos assinaram o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE) e obtiveram as assinaturas de seus pais no TCLE autorizando-os a participarem.

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3 DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÃO

Foram aplicados 300 questionários, sendo 150 antes da explicação dos acadêmicos do curso de medicina da UEM e 150 após a explicação. Foram invalidados 10 questionários devido aos alunos não terem preenchido corretamente todos os dados (como sexo, série e idade) ou por terem devolvido sem responder todas as perguntas. Assim, 290 questionários foram validados (145 questionários iniciais e 145 finais). Quanto à caracterização da amostra, dos 145 alunos avaliados, 74 (51%) eram do sexo masculino e 71 (49%) do sexo feminino. Os entrevistados tinham entre 12 e 18 anos de idade e cursavam do 6° ano do ensino fundamental ao 3° ano do ensino médio (Figura 2).

Os alunos responderam 8 questões no questionário inicial, depois participaram das atividades com os discentes da UEM e em seguida responderam às mesmas questões no questionário final. O Quadro 1 apresenta as respostas referentes às questões de 1 a 4, comparando os questionários inicial e final, acerca do conhecimento básico dos avaliados sobre doação de tecidos e órgãos. Antes da explanação, 100% dos avaliados afirmaram já terem tido informações sobre doação de tecidos e órgão e 96% deles afirmaram não serem doadores. Ao serem questionados sobre onde ouviram falar ou aprenderam sobre este tema, 55% citaram a televisão, 51% citaram a internet e 8% assinalaram “outros” (como comentários da própria família ou amigos). Em relação à obrigatoriedade de doação de órgãos no Brasil, 59% acreditavam que era obrigatório e apenas 38% sabiam que uma pessoa ainda viva poderia doar alguns tipos de órgãos. Após a dinâmica, 97% assinalaram que a doação de órgãos não é obrigatória e 94% assinalaram que a pessoa ainda viva pode doar alguns órgãos e tecidos.

​​ O quadro 2 apresenta as respostas referentes às questões 5 a 8, também comparando os questionários inicial e final. Ao serem questionados sobre morte encefálica, 77% não sabiam o significado e apenas 14% assinalaram a alternativa correta. Após a dinâmica, 66% aprenderam o significado de morte encefálica e afirmaram ser este um diagnóstico seguro para a doação. Em relação ao que é essencial para doar órgãos, antes da explicação 73% acreditavam que é preciso apenas ter boa saúde e 17% assinalaram que precisa cadastrar-se como doador no site do Governo Federal. No questionário final, 65% aprenderam que o correto é comunicar a família para ser doador e apenas 25% ainda considerou que o essencial era apresentar boa saúde. Em relação à idade para a doação de sangue, 44% concordam que a idade deve ser entre 25 e 40 anos no questionário inicial e no questionário final percebeu-se aumento de 36% no aprendizado, de forma que 80% assinalou a alternativa correta (ou seja, dos 16 aos 69 anos). No que diz respeito à idade ideal para a doação de medula óssea, antes da dinâmica 73% acertaram a idade ideal (que é entre 18 e 35 anos) e depois da explicação este valor subiu para 88%.

A democratização do ensino à comunidade externa, de maneira prática e aplicada, tem sido possibilitada pelas universidades por meio de projetos de extensão universitária. Na área da saúde, tais projetos têm sido de extrema importância uma vez que favorecem a comunicação efetiva do futuro profissional com os membros da sociedade, incentivando a humanização dos mesmos, além de estimular a divulgação de temas relacionados à promoção da saúde16. Neste contexto, é importante salientar a importância da teoria e da prática da extensão se constituírem processos de aprendizagem e procedimentos de desenvolvimento sustentável17. Complementarmente, a formação dos discentes da área de saúde é beneficiada pelo fato de a extensão favorecer a prática do conceito “ação-reflexão-ação” e reforçar a ideia de que o processo ensino-aprendizagem deve estar vinculado ao cenário de prática ao longo de toda a formação acadêmica18.

A análise comparativa dos questionários aplicados antes e após o desenvolvimento das atividades lúdicas e metodologias ativas por parte dos discentes de medicina da UEM mostrou notória mudança de postura nos alunos do ensino fundamental e médio sobre o tema abordado. Tal constatação corrobora com estudo anterior de Morais e Morais19 que defende que a educação de fato influencia positivamente na percepção acerca da doação de órgãos. Para os autores, as políticas de saúde pública e as atividades educativas desenvolvidas ante à população em geral se revelam como estratégias importantes capazes de ampliar o entendimento sobre a transplantação e a doação de órgãos no Brasil e no mundo.

Nossos resultados mostraram que a televisão foi o meio mais efetivo de divulgação sobre o tema doação de órgãos. Um estudo sobre como a doação de órgãos pode ser influenciada pelas fontes de informação destacou que a televisão é o meio de maior impacto sobre a população, atingindo 78% dela20. Outro estudo que merece ser destacado, à semelhança dos nossos achados, constatou que 100% dos alunos avaliados na rede particular e 97,6% na rede pública sabiam que a doação de órgãos se trata de um ato voluntário21.

Inicialmente, quando os alunos participantes da nossa pesquisa foram questionados sobre a possibilidade de doação de órgãos entre pessoas vivas, apenas uma minoria (38,62%) afirmou ter este conhecimento prévio. Todavia, foi notório o aumento dos acertos após os esclarecimentos, já que 94,48% dos estudantes marcaram a alternativa correta após as atividades. Um trabalho realizado recentemente por Souza et al.22 também revelou a dificuldade dos participantes em definir os tipos de doadores de órgãos. Nesta análise, os autores constataram que mais de 80% dos avaliados pensavam que apenas pessoas em morte encefálica poderiam realizar doações. Por isso, Morais e Morais19 merecem ser novamente apontados, pois enfatizam o quanto é essencial a promoção de discussões fundamentadas sobre o assunto a fim de minimizar o desconhecimento sobre este tão importante assunto.

Ademais, percebe-se que o tema morte encefálica (ME) ainda representa um grande dilema entre a população em geral. Nossos resultados mostraram que quase 78% dos alunos não compreendiam o significado deste diagnóstico e, dentre os poucos que sabiam, quase 8% não a consideravam um diagnóstico seguro para a doação. Tal fato revela ignorância sobre o assunto e justifica o medo que muitos apresentam em manifestar em vida o desejo de ser doador. Golçalves et al.15, por exemplo, mostrou que 80% da população avaliada em seu estudo não entendia o significado de ME e acreditava ser possível reverter este quadro, sendo a ME um diagnóstico de baixo grau de confiabilidade para a doação de órgãos. De igual modo, o estudo de Rosário et al.23 demonstrou que familiares de vítimas de ME referiam falta de compreensão sobre o diagnóstico da ME, o que se tornou um impeditivo à doação. Ainda, Teixeira, Gonçalves e Silva24 ressaltaram que 80% dos indivíduos avaliados tinham concepções errôneas sobre a ME e 85% deles acreditavam que o médico poderia se equivocar no diagnóstico. Desta forma, é importante ressaltar que o esclarecimento sobre esta temática não deve se limitar às famílias das vítimas de ME, mas deve alcançar as mais diversas esferas sociais.

Outro resultado do presente estudo que merece destaque é o fato de a maioria dos alunos avaliados (73,79%) acreditarem que apenas ter uma boa saúde é essencial à doação, minimizando a necessidade da autorização familiar. Vê-se assim que a discussão sobre as condições básicas à doação devem ser incentivadas. Muitos familiares recusam doar órgãos de seus entes por não terem conhecimento prévio acerca da vontade do potencial doador22-23. Estratégias educativas, campanhas e programas de conscientização voltados às crianças e aos jovens são de suma importância para fidelizar futuros doadores, tendo em vista o envelhecimento da população e a pequena porcentagem vigente de doadores mais jovens25.

Por fim, o entendimento dos alunos avaliados na presente pesquisa a respeito da idade autorizada para doação de sangue (entre os 16 e 69 anos) era conhecido pela minoria dos avaliados (10,34% deles), mas o conhecimento sobre a doação de medula óssea era conhecido pela grande maioria deles (73,10%), mesmo antes das atividades propostas. Diferentemente, apenas cerca da metade da população avaliada conhecia os critérios essenciais para a doação de medula óssea26.

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4CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades empreendidas neste estudo abriram um espaço de reflexão dentre as crianças e adolescentes a respeito da doação de tecidos e órgãos no Brasil. Por meio dos questionários aplicados antes e depois as explicações e as práticas de metodologias ativas e lúdicas, pode-se comprovar a eficácia da metodologia aplicada, uma vez que todas as perguntas do questionário final mostraram aumento na porcentagem de acertos em relação ao questionário inicial. Este fato comprova que os alunos conseguiram reter as informações transmitidas pelos acadêmicos de medicina da UEM com êxito. Além disso, dos 145 alunos avaliados, 140 (96,5%) demonstraram interesse em serem futuros doadores de tecidos e órgãos após a dinâmica.

Assim, por todo o exposto, pode-se concluir que a transmissão do conhecimento científico fundamentado em informações seguras é capaz de minimizar medos e preconceitos disseminados ao longo dos anos sobre esta tão importante temática. Todavia, é importante pontuar que, embora o presente estudo tenha conseguido obter uma participação equivalente entre os sexos, não foi realizada uma análise quantitativa e/ou qualitativa em relação a perspectiva de gênero. Além disso, como o projeto foi realizado apenas com alunos da rede pública de ensino, também não foi realizada no presente estudo uma abordagem em relação à desigualdade social.

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5AGRADECIMENTO

Agradecemos à concessão de bolsa de extensão do Programa Institucional de Apoio à Inclusão Social, Pesquisa e Extensão Universitária – FA-SETI/PIBIS UEM 2022/23.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

 

 

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www.scientificsociety.net

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